A geração que desde os anos 50 era fanática por colecionar figurinhas para completar os álbuns do campeonato Brasileiro, Paulista e da Copa do Mundo, e se reunia em praças e bancas de revistas para trocar figurinhas e jogar "bafo", é a mesma que hoje resgatou a mania e está fazendo do álbum da Copa da África um fenômeno social e comercial sem precedentes.
Alguns até levam os filhos mais novos ou os netos para acompanhar as negociações e disfarçar o interesse por aumentar a coleção, mas a maioria assumiu que está revivendo as emoções de comprar um cromo raro, encontrar a "figurinha difícil", ou conseguir trocar a repetida por aquela que faltava para completar a página ou o álbum todo, conquista suprema do colecionador. Outras gerações também assumiram o interesse, mas está evidente que não é mais mania só de crianças, pois a maioria é formada de marmanjos.
As bancas vendem milhares de envelopes todos os dias, movimento que aumenta sensivelmente nos finais de semana, e o comércio já atraiu até o interesse de bandidos que recentemente realizaram um assalto na distribuidora da Gráfica Panini, que imprime as figurinhas, e deixaram o mercado desabastecido momentaneaneamente, para desespero dos colecionadores. Foram roubados 135 mil envelopes e uma parte já foi recuperada. Até mesmo a Panini, que já faturou milhões em vendas, ficou surpresa com o interesse do público e comemora o aumento de produção, que já superou o da última copa de 2006.
Com as facilidades da internet hoje existem álbuns completos à venda, mas não tem graça nenhuma porque o gostoso está em garimpar e conseguir completar o álbum, e os sites de trocas de figurinhas proliferam com os colecionadores. Em Barão Geraldo os pontos de encontro são próximos às bancas, e o mais movimentado é o da banca Central.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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