quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tapetão da morte faz mais vítimas




Desta vez foram três bandidos em fuga da polícia com carro roubado que colidiram na traseira de um caminhão

Um congestionamento surpreendeu os motoristas que se dirigiam a Barão Geraldo na manhã desta quinta-feira, 19 de novembro. A Polícia Militar estava guinchando um veículo Peugeot completamente destruído depois de colidir na traseira de um caminhão.

Segundo versões da polícia eram três bandidos que estavam fugindo da policia depois de roubarem o veículo, que tinha placa de Limeira, no Jardim Eulina. Depois de serem localizados na rodovia Dom Pedro e perseguidos por alguns bairros em alta velocidade, o motorista do Peugeot perdeu o controle do carro e colidiu na traseira de um caminhão na altura do Coxilha Grill, na estrada de acesso do Taquaral a Barão Geraldo, rodovia General Milton Tavares de Sousa (SP-332) conhecida como "Tapetão".

O  Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) socorreram os feridos. Um dos bandidos morreu ao chegar no hospital e os outros dois foram internados em estado grave. Apenas um dos feridos, Um dos ocupantes, Eduardo de Souza Chaves, de 28 anos, que estava com uma arma, foi identificado.

É o segundo acidente grave com vítima fatal este mês na rodovia, o que alerta para a necessidade de medidas de segurança mais eficazes  no local. No início do mês três jovens com idades com idades entre 17 e 20 anos morreram depois que o veículo Corsa que ocupavam capotou. Outros dois ocupantes e um motociclista que foi atingido pelo carro ficaram feridos.

Segundo testemunhas, o veículo estava em alta velocidade e capotou. A polícia suspeita que eles estavam "tirando racha", atividade frequente no local por causa das boas condições da pista.

Buraco na ponte do Guará transtorna moradores


Uma erosão na ponte do Guará, na Rua Bartolo Martins, única via de acesso de diversos bairros da região, causou a interdição do tráfefo e causou transtornos para os moradores.

A previsão era de liberação no final da tarde, mas sua recuperação ainda deve demorar semanas até que a obra de compactação do leito seja consolidada. A ponte tem já foi interditada várias vezes  e ainda não foi realizada uma obra definitiva para o local.

A justificativa da prefeitura foi as chuvas frequentes, mas o que se percebe é que a estrutura frágil e não suporta mais o grande volme de tráfego. A ponte fica sobre o ribeirão Anhumas, que também não está em nível muito elevado.

Mas os moradores da região já podem passar durante os próximos dias pelo local devido à providência imediata da prefeitura. Foi aberto um buraco bem maior e colocada terra para compactação.Os usuários de linhas de ônibus foram os mais prejudicados, porque foram obrigados a fazer baldeações e enfrentar uma parte da travessia a pé.

Justiça manda parar empreendimentos na região de Barão

Decisão Judicial exige plano de manejo no raio de 10 km da mata Santa Genebra e impõe multa de R$ 10 mil para cada caso de desobediência

O juiz Guilherme Andrade Lucci, da 2ª Vara Federal, concedeu pedido de liminar em ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal em Campinas dia 26 de novembro, para que a Fundação José Pedro de Oliveira, a prefeitura de Campinas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) suspendam qualquer procedimento de licenciamento ambiental de empreendimentos em um raio de 10 km da Mata de Santa Genebra até a apresentação de um plano de manejo pela fundação que é responsável pela área.

A medida praticamente paralisa todo empreendimento comercial, industrial ou imobiliário que dependa de licenciamento ambiental ou renovação de alvará.  A prefeitura de Campinas vai recorrer. A determinação abrange uma ampla área que envolve os distritos de Barão Geraldo e Nova Aparecida, o Taquaral e também terras em Paulínia, Jaguariúna, Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa

O plano de manejo, elaborado pela Fundação José Pedro de Oliveira, que administra a Mata de Santa Genebra, foi encaminhado em março ao Instituto Chico Mendes e ainda não foi definido. A Mata de Santa Genebra é a maior área verde existente na cidade de Campinas. Na ação, é pedido também que o plano de manejo para a Mata deve conter zoneamento, eventuais corredores ecológicos, regras de manejo e visitação, procedimentos de segurança e de atendimentos mais corriqueiros, conforme prevê a legislação.

O procurador da República em Campinas Paulo Roberto Galvão, autor da ação, considera que o plano de manejo é importante para conservar e para impor limites na utilização da área, prevenindo futuros danos ao meio ambiente. A Fundação deve suspender qualquer obra de construção civil dentro da Mata, com exceção daquelas que são necessárias para a conservação da área, como reparos em cerca e alambrados ou em instalações já feitas no local.

Se for verificado que houve construção civil, autorizada pela Fundação, ou se foi concedida irregularmente licença para construção expedidos pela Prefeitura e pelos Governos Estadual e Federal, será cobrada multa de R$ 10 mil à empresa e aos órgãos.

Plano de Manejo é essencial - O procurador Paulo Roberto Galvão apurou que a Fundação José Pedro de Oliveira não elaborou o plano de Manejamento da área. A lei 9.985 do ano 2000 previu que as Unidades de Conservação (UC) federais, em que se encaixa a Mata de Santa Genebra, deveriam fazer um plano em um prazo de cinco anos. “Fato é que se passaram oito anos e a única providência tomada pela Fundação foi realizar um plano de manejo no entorno da área e o próprio Ibama reconhece a inexistência do documento”, disse o procurador.

De acordo com procurador, com a demora na elaboração do plano, aumentaram as pressões imobiliárias ao redor da Mata e discussões com moradores da região de Barão Geraldo, distrito de Campinas, para o tombamento de áreas próximas ao local.

O plano de manejo, segundo a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservações, é o documento técnico que estabelece o zoneamento e as normas que devem ser elaboradas para o uso da área e a utilização dos recursos naturais. Na prática, o plano de manejo preserva ecossistemas, por meio dos zoneamentos e da previsão da estrutura, evitando construções que podem afetar o meio ambiente.

“Necessária se faz a formalização do plano de manejo para, a partir das ações nele previstas, serem estabelecidas as atividades que afetarão a Mata da Santa Genebra, impondo estudos de impacto ambiental e/ou relatórios de impacto previsto legalmente”, ressaltou o procurador.

Saúde recolhe 500 pneus em ação contra a dengue


A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Saúde, recolheu mais de 500 pneus inservíveis nesta quarta-feira, 18 de novembro, em 21 endereços em Barão Geraldo e nos bairros São Marcos, Santa Mônica e Vila San Martin, na região Norte da cidade. A operação, coordenada pela Vigilância em Saúde (Visa) Norte, integra a estratégia de reforço nas ações de prevenção e controle da dengue no município.


Os supervisores de controle ambiental da Visa Norte mapearam borracharias e outros locais que acumulam pneus velhos em grande quantidade e, com caminhões, passaram nos endereços para recolher o material. Segundo o supervisor de controle ambiental da Visa Norte, Roberto Ribeiro de Souza, foram removidas cerca de 6,5 toneladas durante a “Operação Cata Pneu”. O trabalho é repetido, em média, a cada três semanas nos mesmos locais percorridos hoje.

Segundo Roberto, o pneu ainda está entre os principais criadouros do Aedes aegypti por vários motivos. Ele informa que o pneu ainda é muito encontrado no ambiente porque a produção é grande; porque quando não tem mais utilidade é desovado em terrenos baldios e beiras de córregos; e porque as próprias borracharias não sabem o que fazer com o pneu sem uso.

De acordo com a Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas, a indústria está obrigada por lei a dar destinação ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. No entanto, a regra não inclui coleta em terceiros, cabendo a cada comércio dar a destinação adequada aos seus pneus sem uso.

A Visa informa ainda que pneus não podem ser dispostos no aterro sanitário, nem entregues à coleta de lixo domiciliar.


Além de recolher e destinar adequadamente os pneus, a Visa Norte aproveitou a operação para promover ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social, durante as quais propagou informações sobre dengue e deu outras orientações.


Caixas d'água


Além da Operação Cata Pneu, entre ontem (17) e hoje, também na região Norte de Campinas, em pelo menos 58 residências foram colocadas telas de proteção em caixas d'água, para impedir o acesso do mosquito da dengue. No Jardim São Marcos, segundo Roberto, foram encontradas larvas em 22 lugares e as amostras encaminhadas ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria da Saúde de Campinas para seja investigado se trata-se do Aedes aegypti.


Os técnicos da Visa também realizaram ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social sobre dengue, sintomas da doença, tipos de criadouros do mosquito, como inviabilizá-los e, principalmente, como manter caixas d’água em condições adequadas para evitar a proliferação do Aedes aegypti.


Segundo o biólogo Ovando Provatti, da Visa Norte, a caixa d'água mal cuidada se constitui num criadouro de elevada produtividade e positividade para o mosquito da dengue. “Na caixa d’água mal cuidada o mosquito encontra o ambiente adequado para se reproduzir durante o ano inteiro. Portanto, é um criadouro que não depende da chuva. Além disso, pelo tamanho e pela condição – sombreada e com temperatura adequada -, o mosquito utiliza muito este criadouro. Na maioria dos casos, a caixa d'água está num local de difícil acesso e as pessoas acabam não fazendo a inspeção e a limpeza”, diz Ovando.


O biólogo informa que a Sanasa indica a limpeza e manutenção da caixa d’água pelo menos a cada seis meses. Ele informa que, por se tratar de um recipiente muito grande, qualquer trinca possibilita o acesso do mosquito e diz que as pessoas se esquecem de olhar o respiro da caixa d’água, que também tem que estar fechado para impossibilitar a entrada do Aedes aegypti.

Campinas registrou, em 2009, 189 casos autóctones de dengue. Em 2008, foram 259. Neste momento, não estão sendo registrados casos da doença no Município.