Parque Linear do Ribeirão das Pedras comemora 11 anos no Dia Mundial do Meio Ambiente

Data será festejada em Barão Geraldo com distribuição de 2 mil mudas de árvores à população

Neste final de semana, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Trecho 3b do Parque Linear do Ribeirão das Pedras – único projeto de reflorestamento em Barão Geraldo - celebra 11 anos de implantação. O Trecho 3b do Parque, que abrange uma área de 18 mil metros quadrados distribuídos entre propriedade particular e praça pública, atrás do Posto Campineira e do McDonald’s, é hoje referência em cuidados ambientais com mais de 3 mil mudas de árvores já plantadas, além da ciclovia para os visitantes. Para comemorar essa data, serão distribuídas no domingo, dia 6, no Auto Posto Campineira, 2 mil mudas de árvores à população, com folders informativos sobre o projeto do parque.

A implantação do Trecho 3b do Parque foi promovida pela iniciativa privada (Auto Posto Campineira, Mc Donald´s, Floricultura Campineira, 100% Vídeo). A limpeza, manutenção e reposição de mudas do trecho 3b do Parque são custeadas, há 11 anos, pelo empresário e engenheiro civil Cristiano Cantusio, proprietário do Auto Posto Campineira e do Tilli Center. O trecho 3b levou sete meses para ser limpo, ter suas margens plantadas e construída a ciclovia. Todo o projeto paisagístico foi executado pela Floricultura Campineira, seguindo a concepção elaborada pela Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Campinas em parceria com a Unicamp e a PUC-Campinas. Já o Colégio Rio Branco assumiu o Trecho 3a do Parque Linear do Ribeirão das Pedras.

Cristiano Cantusio propõe agora à Prefeitura a continuidade do projeto, com o compromisso de implantar, juntamente com outros empresários envolvidos, o Trecho 3C, que sai do Tilli Center em direção à Cidade Universitária, quase paralelo à estrada da Rhodia. “É preciso retomar o projeto do Parque Linear Ribeirão das Pedras, protegendo, reflorestando e preservando a fauna, flora e recursos hídricos. Com isso garantimos a qualidade de vida da população”, diz Cantúsio.

Ambientalista autodidata
“Se todo mundo cuidasse de uma pequena área verde, a vida seria muito melhor”, diz Claudio Giampietro, 42 anos de idade, jardineiro responsável pela manutenção do Trecho 3B do Parque Linear do Ribeirão das Pedras. Há 11 anos Giampietro, um paranaense de Jandaia do Sul, cuida diariamente da área, replantando mudas, limpando e evitando ações de vandalismo no local. “Antes aqui era um local de consumo de drogas, de muita sujeita e abandono. Comecei quando era apenas um matagal alto e fiz o plantio das mudas de árvores nativas de beira de rio”, relata o jardineiro.

Árvores de diferentes portes dividem espaço na área verde que circunda a ciclovia. Giampietro cuida de todas com o mesmo empenho. “Não tenho uma favorita. Gosto de fazer novos plantios de mudas, de deixar a área sempre limpa para evitar incêndio ou depredação. Gosto de ver a população aproveitando tudo isso, onde antes só havia sujeira”.

O jardineiro se considera um ambientalista autodidata. Aprendeu a mexer com a terra e as plantas, a educar as pessoas que passeiam no local para que não sujem a área, a apreciar capivaras, galinhas d’água e cobras que passam pelo Parque, acumulando experiência e conhecimento. “Não pertenço a nenhuma a ONG. Tenho prazer e carinho pelo que faço, pois sei que estou preservando essa área para o futuro de Barão Geraldo”.

Fonte: Assessoria de Comunicação

COMENTÁRIOS: "É interessante assistir a um embate entre o transgressor ambiental e ambientalistas onde quem sai ganhando é a natureza". Carlos Tidei

"O Tilli  está se mexendo para contrapor a nossa movimentação. Só falta eles se 'mexerem' para fora da APP". Victor Petrucci - vice-presidente do Condema.

Morreu Kazuo Ohno, mestre do Lume Teatro

Morreu, aos 103 anos, o dançarino japonês Kazuo Ohno, referência para o Lume Teatro e responsável, junto de Tatsumi Hijikata, por desenvolver e disseminar a dança butô pelo mundo

Morreu, no dia 1º de junho de 2010, aos 103 anos de idade, Kazuo Ohno, uma das principais referências do LUME Teatro e patrono do grupo. Na primeira vez que veio ao Brasil, em 1986, Ohno assistiu a demonstrações técnicas de Luís Otávio Burnier e de Carlos Simioni (fundadores do LUME), no Teatro Anchieta, em São Paulo.

Simioni lembra que Ohno comentou que se Burnier tirasse um pouco das tensões corporais, ele seria um Nijinski. Para Simioni, ele proferiu uma frase misteriosa: “Se relaxar a pupila, você soltará a energia. Se a tensionar, a reterá”.

O butô é uma técnica trabalhada no grupo desde quando Burnier convidou a dançarina Natsu Nakajima para dirigir um espetáculo do LUME – “Sleep and Reincarnation from Empty Land”, apresentado no extinto Festival Internacional de Teatro de Campinas (FIT), em 1991, e hoje fora de cartaz. Depois dessa experiência, o grupo passou a utilizar os princípios do butô em suas pesquisas e espetáculos.

É possível identificá-los em diversos espetáculos do grupo, especialmente em “Shi-Zen, 7 Cuias” (2004), que reúne os sete atores e foi dirigida por um dos maiores colaboradores do LUME, o coreógrafo japonês Tadashi Endo – discípulo de Ohno –, que assina mais duas montagens do grupo: “Sopro”, solo de Carlos Simioni, e “Você”, solo de Ana Cristina Colla.