sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Alagados do Piracambaia precisam de ajuda


Aproximadamente 70 pessoas de 15 famílias que tiveram suas casas inundadas pelo rio Atibaia nos bairros Piracambaia I e II, perto do Vale das Garças, em Barão Geraldo, estão precariamente alojadas no Casarão de Barão enquanto as águas não descem de nível nas suas casas. "A previsão é só de subir", afirma José Francisco Pinheiro, da Defesa Civil, que trabalha na remoção das famílias.

O casal João Batista de Oliveira, pedreiro, e sua esposa Ana Maria Valentim do Amaral, doméstica, resistiram o quanto puderam à invasão das águas das chuvas. "A casa está alagada desde dezembro, mas agora ficou insuportável e viemos para cá", explica Ana Maria, que levou ainda três filhos menores, de 14, 12 e cinco anos, e o sogro de 76 anos.

"A casa fica a trinta metros das margens do Atibaia e a água chegou a um metro e meio", diz João Batista, mostrando os pés feridos por tanto tempo na água e pisando em cascalhos. Quando as águas baixarem Ana Maria terá duplo trabalho: limpar sua casa no Piracambaia II e a da patroa, no Piracambaia I, também alagada. 

Além de perderem seus pertences, os alagados passam por dificuldades básicas, como falta de roupas e calçados para crianças. Toalhas de banho, alimentos e remédios como Dipirona são bem vindos. "A gente passa a vida inteira trabalhando e não tem nada", lamenta Sebastiana, uma idosa que sequer lembra o nome ou idade. "Ela tem mais de 90 anos", afirma Yolanda Biajola, que se 'mudou' para o casarão com mais cinco pessoas da família na terça feira, quando o rio transbordou desabrigando as famílias. "Meu marido ainda ficou lá na água para cuidar das coisas, mas sobrou pouco", lamenta. A irmã dela é quem cuida de Sebastiana, e também foi desalojada pela enchente.

As pessoas que puderem doar roupas, calçados, alimentos, toalhas, água e medicamentos podem procurar o Centro de Saúde do Village, que está dando assistência às famílias, ou levar diretamente no Casarão de Barão, que fica na estrada da Rhodia, divisa com Paulínia, na entrada do condomínio Paineiras, em frente à madeireira Checkmat.

3 comentários:

  1. Ótimo trabalho seu com o Jornal.
    Gostei muito e espero que mantenha desta forma. Barão precisa de trabalhos assim.
    Abraços.

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  2. Agora a situação do bairro melhorou bastante, graças a estiagem e ao trabalho da comunidade local, porém o que está sendo feito para evitar novos episódios de caos, ou ja caiu no esquecimento ?

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  3. Aos 10 anos de idade eu ja pensava, jamais irei morar na beira de rio, não tenho nivel superior, nunca tive ajuda financeira de meus pais, e sempre pensei filho só o dia em que eu tiver 1casa proria longe dos rios, não ganho bem, ganho o suficiente para matar minha fome., agora me perdoe se alguem descordar de mim, mas as pessoas não pensam vão se conhecendo e tendo filhos um atras do outro, sem moradia acabam por morar em lugares improprios e depois jogam a culpa no governo, e como diz o ditado na casa que come um come 6, ditado que eu não concordo, outro ditado, por amor se vive ate de baixa da ponte, ai a ponte cai e novamente culpa o governo.,., e ta nois!!!!!!

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