Leões da Vila Padre Anchieta é a grande campeã do carnaval 2009

A escola de samba Leões da Vila Padre Anchieta foi a grande campeã do carnaval 2009 em Campinas. Com 94 pontos, ela conquistou o tricampeonato consecutivo na tarde desta quinta-feira (26). A escola ficou apenas um ponto a frente da segunda colocada, a Rosas de Prata.

A escola Estrela Dalva e Renascença foram desclassificadas e rebaixadas por falta de componentes. A escola Unidos de Santa Lúcia foi a campeã no grupo de acesso e a Acadêmicos dos Amarais foi a campeã das escolas pleiteantes.

A Leões da Vila Padre Anchieta, por ser campeã do Grupo Especial, leva o prêmio de R$ 25 mil. Este é o terceiro ano consecutivo que a escola é campeã. Com 94 pontos e uma diferença de apenas um ponto da segunda colocada, a Leões venceu a Rosas de Prata, que teve 93 e empatou com a Ponte Preta Amor Maior. O desempate entre as duas foi definido pelo critério bateria, ficando a Rosas em segundo.

O presidente da Leões da Vila Padre Anchieta falou da alegria de ser campeão. "Estamos nos empenhando há 12 anos e isso demanda muito trabalho. Nossa comunidade toda ficou envolvida e somos uma família", afirmou Aparecido da Silva. "Eu só estou à frente da escola, mas o trabalho foi de todo mundo, vários cérebros trabalharam para isso acontecer", completou o presidente.

No momento da apuração, cada nota era anunciada pelo presidente da Liga das Escolas de Samba de Campinas, Edson Jóia, que explica o motivo de haver vencedores. "A avaliação serve para que as escolas não cometam o mesmo erro no próximo ano. A partir do dia 2 de março as escolas vão receber a justificativa de cada voto para saber o motivo de ter recebido aquela nota", contou Jóia.

Não foi apenas a escola campeã que vibrou. O segundo e terceiro lugares do Grupo Especial também ganharam prêmios. Rosas de Prata, em segundo, leva R$18 mil e a Ponte Preta Amor Maior, em terceiro, leva R$ 11 mil. Outro grupo, o de Acesso, teve sua campeã, que vai subir para o Grupo Especial em 2010. A escola vencedora foi Unidos do Santa Lúcia, com 92 pontos. "Nós tivemos as mesmas dificuldades que todo mundo, mas graças à nossa comunidade e até a pessoas de outros bairros, que trabalharam incansavelmente, conseguimos essa vitória maravilhosa", disse o presidente da Escola Unidos do Santa Lúcia, Edson Santos. A escola recebe R$ 16 mil de prêmio.

Ainda no Grupo de Acesso, o segundo lugar ficou para a escola Princesa de Madureira, que fez 91 pontos e ganhou R$11 mil. Em terceiro no Grupo de Acesso ficou a Paranapanema, que fez 71 pontos recebe R$ 9 mil.

O Grupo dos Pleiteantes também brilhou e teve seu vencedor. Neste grupo, apenas o primeiro lugar leva prêmio em dinheiro. A escola pleiteante Acadêmicos dos Amarais, venceu com 98 pontos a Unidos da Vila Rica, que teve 91 e a Acadêmicos de Madureira, que ficou com 90, e recebe o prêmio de R$ 5 mil.

O presidente da Acadêmicos dos Amarais, Rubens Vieira da Silva, conta que tem esperanças de ir para o Grupo de Acesso. "Para uma pleiteante subir para o Grupo de Acesso ela tem que desfilar por três anos consecutivos, pelo menos, e ganhar quando completar ou passar disso", afirmou o presidente, que desfila há dois anos. "Como vencemos neste ano, estou confiante para o próximo. Eu admiro muito o esforço da nossa comunidade e o empenho do meu carnavalesco", disse Silva.

O diretor de Cultura Vinícius Gratti, ao fim da apuração fez um balanço do Carnaval 2009 e da apuração. "Eu acredito que o resultado foi justo, pois foi devidamente avaliado pela comissão julgadora. Foi um Carnaval muito disputado, com diferença de um ponto entre vencedora e vice", afirmou. "O Carnaval de Campinas, tanto o de rua, quanto o da avenida, teve um saldo extremamente positivo e superou as expectativas", completou Gratti.

Pontos

Duas escolas foram desclassificadas por falta de componentes, a Renascença e a Estrela D’Alva. De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba, Edson Jóia, elas caem automaticamente de grupo.

Sobrapar comemora 30 anos com aumento de grandes cirurgias

Instituição referência no país no tratamento de deformidades de crânio e face soma mais de 200 mil atendimentos a pacientes desde a sua fundação em Campinas/SP, em 1979; somente em 2008 foram realizadas 1200 cirurgias e mais de 16 mil consultas.

Cerca de 50 grandes cirurgias de crânio realizadas e quase 600 novos casos atendidos marcaram o ano de 2008 no hospital da Sobrapar (Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Craniofacial), em Campinas/SP. No total, o hospital realizou 1200 cirurgias – de fissuras labiopalatinas a grandes deformidades de crânio - e 16 mil atendimentos ambulatoriais. “Esses resultados mostram a conscientização da população, dos profissionais de saúde e dos hospitais que nos encaminham os pacientes”, explica a presidente do hospital, Vera Lucia Raposo do Amaral.

A Sobrapar é um hospital único no Brasil, formado por uma equipe interdisciplinar que busca não apenas corrigir os defeitos de crânio e face com cirurgias, mas também integrar o indivíduo na sociedade. Embora seja uma instituição predominantemente pediátrica, a Sobrapar atende adultos vítimas de doenças na face, traumas e acidentes com seqüelas no crânio e face. “Cada vez mais realizamos cirurgias de reconstrução de crânio e face em pacientes com traumas. Eles têm chegado ao hospital em maior número por conta de acidentes automobilísticos, traumas por armas de fogo e queimaduras”, diz o cirurgião plástico da Sobrapar, Cassio Eduardo Raposo do Amaral.

No ano passado, o hospital recebeu a visita de alguns dos principais cirurgiões plásticos norte-americanos para avaliação de pacientes. James Bradley e Reza Jarrahy, da Califórnia, David Matthews, de Nova Iorque, e Tony Wolfe. “Ficarei encantado de retornar em breve ao hospital da Sobrapar para ensinar e, também, para aprender. Em poucos anos, a equipe de profissionais do hospital, liderada pelo cirurgião Cassio Eduardo, será de classe mundial”, disse Wolfe.

Considerado modelo de hospital de pequeno porte contratualizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a Sobrapar tornou-se exemplo de gestão enxuta, organizada, econômica e saudável. Fechou o ano com balanço financeiro positivo. Profissionais de todas as áreas participaram do Programa Nacional de Melhoria da Gestão em Hospitais Filantrópicos, oferecido pela Petrobras e Gerdau a gestores de instituições de saúde. No programa, conhecido como Mais Gestão, o hospital obtém uma rápida redução de desperdícios, aumento na produtividade e qualidade na melhoria de processos, além da capacitação e motivação dos profissionais. “Tudo isso melhorou profundamente a visão do usuário em relação aos serviços que prestamos. Agilizamos, personalizamos e humanizamos o atendimento no hospital”, afirma Vera Raposo do Amaral.

Para 2009, quando comemorará 30 anos de fundação, o desafio da instituição é estimular parcerias com empresas e doações para garantir a continuidade dos serviços. “Para que as doações ocorram, as pessoas devem se interessar pelo problema. Quando se fala em anomalia facial, há ainda muito desconhecimento e a melhor maneira de criar vínculos com doadores é sempre através da informação clara sobre as doenças e as deformidades que tratamos”, esclarece a presidente do hospital.


Sobrapar realiza Congresso
Pela primeira vez, o Brasil será sede do 11º. Congresso Internacional de Fissura Labiopalatina e Anomalias Craniofaciais – CLEFT 2009 – que acontecerá em Fortaleza/CE, entre os dias 10 e 13 de setembro do próximo ano, realizado pela International Confederation for Cleft Lip and Palate and Related Craniofacial Anomalies e organizado no país pelo hospital da Sobrapar. O evento acontece a cada quatro anos e sua realização no Brasil se deve a uma conquista do cirurgião plástico Cassio Raposo do Amaral, fundador da Sobrapar que faleceu em 2005 e tornou-se o presidente de honra do CLEFT 2009.

Um dos pioneiros no tratamento multidisciplinar da fissura labiopalatina, Raposo do Amaral conseguiu trazer o Congresso para o Brasil após discussões sobre os futuros países-sede durante a edição do ano de 2001, na Suécia. “Este é o evento de maior destaque nessa área em todo o mundo, já que reúne os principais nomes da cirurgia plástica e craniofacial, de pesquisas com células-tronco, ortodontia e odontologia, atendimento psicossocial e dos tratamentos mais recentes. É importante para a Sobrapar e para o Brasil”, explica Vera Raposo do Amaral, presidente do CLEFT 2009 e também do hospital da Sobrapar.

O evento terá apoio do Smile Train, organização não governamental norte-americana que financia cirurgias de fissura labiopalatina e outras ações relacionadas à deformidade em todo o mundo. Estima-se que mais de 350 mil cirurgias tenham sido financiadas pelo Smile Train em seus nove anos de atividades. “Fissuras labiopalatinas são um grande problema de saúde nos países em desenvolvimento, onde milhões de crianças sofrem com o preconceito e a discriminação e, em função da deformidade, são impedidas de comer e falar corretamente. Uma em cada 650 crianças nascidas vivas apresenta fissura”, explica Carlos Magalhães, coordenador do Smile Train na América do Sul.

A Sobrapar foi o primeiro hospital parceiro do Smile Train no Brasil. “Nosso foco é a vida da criança. Os hospitais parceiros atendem a requisitos de segurança, qualidade do serviço médico e resultado das cirurgias”, diz. Hoje são 23 serviços de saúde em todo o país que recebem recursos do Smile Train para financiar as cirurgias de fissura. “Patrocinaremos o CLEFT 2009 porque parceiros da ONG de todo o mundo participarão dele. Será um ambiente de troca de informações onde os profissionais poderão conhecer os avanços nessa área”, diz Magalhães.

“É um evento da área médica que trará, ao Brasil, os expoentes no segmento de cirurgia e de tratamento”, explica Vera Raposo do Amaral. A expectativa é de que cerca de 500 médicos participem do evento.

Vinho inédito eleva patamar de qualidade na Expovinho

Produtores de Vinhedo investem no cultivo de uvas de castas nobres para elevar padrão de qualidade do vinho regional

A Expovinho, que acontece na Festa da Uva de Vinhedo, terá este ano uma novidade que marcará um divisor de qualidade nos vinhos produzidos na região. Pela primeira vez será apresentado um vinho produzido com uvas Shiraz, espécie de origem francesa famosa pela alta qualidade na produção de vinho. A Shiraz é proveniente da região francesa de ‘Cotes du Rhône’, onde é produzido um dos vinhos tintos mais afamados daquele país – o ‘Châteuneuf-du-Pape’ (ou ‘Vinho dos Papas de Avignon’).

Neste ano os produtores colheram este ano 1.200 quilos da uva Shiraz nas lavouras da região, com perdas de apenas 5% graças às novas técnicas de cultivo protegidas por plasticultura. Mas o vinho feito com a casta nobre francesa que estará na Expovinho foi produzido com a colheita do ano passado, quando houve perda de 60%. “Apesar da perda conseguimos colher em um período favorável, que resultou em boa qualidade dos frutos”, conta Adilson Amatto, presidente da Associação dos Vitivinicultores de Vinhedo (Avivi), que promove a Expovinho. “Este ano tivemos que antecipar a colheita por causa do excesso de chuvas, alta umidade e calor abafado, mas vamos tentar nova colheita em meados do ano, para melhorar as características do produto”, antecipa.

A Shiraz foi plantada no sítio de Antonio José Benvegnu, o “Zé da Pinta”, na divisa com Louveira. A cobertura plástica evita a podridão nos cachos e reduz a umidade, melhorando a qualidade dos frutos . A cobertura fica em cima das parreiras, evitando que a chuva e o orvalho molhem os cachos e folhas, irrigando apenas o solo. O processo é chamado de Cultivo Protegido por Plasticultura e tem apoio financeiro e orientação técnica de institutos de pesquisa do Governo do Estado.

Segundo Adilson Amatto, até os institutos de pesquisa ficaram surpresos com o resultado da produção em Vinhedo. “Quebramos um paradigma e queremos agora criar um vinho fino com característica da região, que sirva de referência turística da região” completa.
A produção de uva Shiraz deste ano deve render cerca de 800 garrafas para a FUV de 2010. Na festa deste ano serão ofertadas apenas 200 garrafas do vinho, produzido com cerca de 500 quilos de uvas colhidas no ano passado.


Tradição
“O vinho é sempre produzido com uvas colhidas no ano anterior”, esclarece o pioneiro Carlos Ferregut, de 77 anos, do famoso vinho do 'Sr. Carlos', que participa da Festa da Uva desde sua primeira edição, em meados do século passado. 'Seu' Carlos produz vinhos com a uva Isabel, uma variedade desenvolvida pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e bem adaptada à região, e também Pinot Noir, Pinotage, Merlot, Cabernet Sauvignon e Bordô. “A Isabel tem casca mais grossa e suporta mais as chuvas”, diz, mostrando as uvas de cor intensa. Com planejamento e escalonamento da poda nos parreirais consegue produzir uvas o ano todo.

O processo de produção do vinho começa com uma seleção prévia dos frutos que serão processados. São colocados então na desengaçadeira para separação dos galhos, e na sequência em tanques de fermentação. Ali as casas são mexidas três vezes ao dia para que as cascas que sobem à superfície não sequem. O tempo de fermentação depende do tipo de uva. A Isabel demora cerca de seis dias. Vinhos finos exigem mais tempo na primeira fermentação, até duas semanas , até o vinho ser retirado e colocado em tonéis de inox, onde ocorrerá a filtragem.

O processo de filtragem é acompanhado de uma fermentação lenta que obriga a troca de tonéis por três a seis vezes, em espaçamentos de vinte dias a cada troca. Depois o vinho é colocado em grandes garrafões de vidro, onde periodicamente também é remanejado para outros. 'Seu' Carlos possui um tonel de 1.500 litros, dois de mil litros, sete de 500 litros e um de 350 litros para essa operação de transbordo, e produz por ano de sete a oito mil litros de vinho de espécies variadas.

“A diferença do suco e vinho é a mesma da água e vinho”, explica com sabedoria 'Seu' Carlos. Para a produção de suco de uva os frutos são separados inteiros dos cachos e colocados para lavar até retirada de todas as impurezas. Depois são colocados em um equipamento dividido em três partes: na inferior vai a água que irá ferver, na intermediária, vazia, passa o vapor que irá aquecer os frutos colocados na parte superior.

“É produzido em Banho Maria e fica exatamente uma hora até abrir a torneira”, conta 'Seu' Carlos. Essa destilação resulta no suco que é transportado por uma mangueira até uma panela onde será resfriado. “Quando o hidrômetro marca de 85° a 90° é colocado nas garrafas e imediatamente fechado”, explica, acrescentando que não é utilizado açúcar, conservante ou qualquer outro produto químico. “Com a garrafa bem fechada não tem perigo de estragar”, garante.

Manifestação de cultura popular é no Carnaval de Barão

Em Barão Geraldo uma dezena de blocos vai animar o Carnaval até terça-feira: Berra Vaca, União Altaneira, Caxeirosas, Cupinzeiro e Beeiro, além do reforço das Caixeirosas, Lapislázuli, Brincantes Brasileiros, ONG Novo Dia e Sinprodos e dos grupos de cultura popular Urucungos e Maracatucá.

As Caixeirosas, Lapislázuli, Brincantes Brasileiros, ONG Novo Dia e Sinpro fazem desfile neste sábado às 15h, com concentração na Praça Durval Pattaro, e percurso saindo da Praça do Bicicross, e seguindo pela Rua Antonio Pierozzi, Avenida Santa Isabel, Rua Manuel Antunes Novo e encerramento na Praça do Coco.

Com o tema Alô Galileu, o Berra Vaca (na terra que o boi falô, a vaca berra) faz seu 10º desfile lembrando os 400 anos da astronomia, com música da compositora oficial, Milena Milena. “Em 1609, Galileu Galilei virou a luneta para o céu e nós vamos contar essa história no desfile”, diz o Inácio Azevedo, o “General do Berra”. A largada é hoje, com repeteco na terça-feira.

Amanhã, o União Altaneira faz a festa com o tema Na Mandinga do Samba, que trata do universo da capoeira, das religiões afrobrasileiras e da influência da Bahia, onde o grupo fez uma pesquisa de campo sobre blocos afros e de afoxé. “Nosso forte é a bateria com 40 ritmistas, que ensaiam o ano todo”, diz o mestre de bateria, Chico Santana. O bloco desce ao som de músicas próprias e antigos sambas, com mestre-sala e porta-bandeira, passistas e alegorias (três carrinhos e dois bonecões gigantes). Ainda amanhã, a folia das crianças está garantida com o bloco Caxeirosas, que faz uma adaptação de lendas e cantigas de roda para marchinhas.

O Cupinzeiro, com apoio do grupo Urucungos, comanda a folia na segunda-feira, com o samba Nossa Luta é Nossa Arte, que mostra um pouco do movimento artístico de Barão Geraldo e convoca seus artistas para a luta contra a injustiça e desiguldade social. “O objetivo é unir os artistas e provocar uma mudança social”, diz Anabela Leandro. Ela cita que todo ano o bloco produz uma camiseta que é vendida por apenas R$ 10,00. “Mas não é um abadá, compra quem quiser, o uso não é obrigatório.”

Na terça, é a vez do Beeiro fazer a festa nas ruas do Jardim América, com o tema É Preta a Cor do Poder, num tributo a Barak Obama.

Polícia Federal cala a Rádio Muda

No cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) fechou às 05h30 do dia 19/02/2009 a Rádio Muda (105,7 MHz), emissora comunitária que funcionava na caixa d’água da Praça Central da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ninguém foi preso. A ação fez parte da Operação Silêncio, em que outras oito rádios comunitárias foram fechadas na região de Campinas desde o início de fevereiro.

A PF e levou todos os equipamentos da Rádio Muda FM, vandalizou o estúdio, além de quebrar a antena antes de levá-la. O Mandado de Busca e Apreensão foi assinado pela juíza Fernanda Soraia Pacheco Costa. A data do mandado é de 21 de junho de 2007.

O Centro de Mídia Independente emitiu nota de repúdio:
"A Polícia Federal, em mais uma ação imoral, roubou todos os equipamentos da Rádio Livre Muda na madrugada do dia 19 de fevereiro na Unicamp-SP. Com ação abusiva doze policiais federais, 2 chaveiros e 1 delegado arrombaram a porta e levaram os equipamentos do patrimônio imaterial que há 18 anos proporciona comunicação livre para a cidade de Campinas. Sem a presença da Anatel e o fato de terem levado os equipamentos, quando o recomendado é apenas lacrar, a ação pode também ser considerada ilegal. O próprio mandado assinado pela juíza Fernanda Soraia Pacheco Costa consta que a ação deveria ser feita juntamente com técnicos da Anatel. O processo é de 2006, o mandado foi assinado redigido no dia 21 de Junho de 2007 e certificado no dia 09 de Fevereiro de 2009.

São mais de 40 programas veiculados de domingo a domingo com programação diversa onde qualquer pessoa tem seu espaço para expressar seu pensamento através de músicas, textos, falas, poesia, zumbidos, silêncio e o que aparecer na programação. A rádio não tolera publicidade e se organiza com base nas discussões e atitudes dos indivíduos. Isso irrita os meios de comunicação hegemônicos que insistem em mentir sobre a falácia de que as rádios livres causam interferência na comunicação de aviões.

A reitoria da Unicamp manifestou apoio à Rádio Muda assim como inúmeras rádios livres e comunitárias de todo mundo. A Muda é referência na resistência contra o modelo de comunicação impregnado no Brasil onde apenas alguns grupos detém concessões públicas, muitos destes comandados por políticos como o Ministro das Comunicações Hélio Costa. Aliás, o atual governo não tem diferença nenhuma dos passados na política de comunicação, às vezes até pior.

Apesar da ignorância e falta de respeito a Muda deve continuar a manter vivo o movimento de Rádios Livres que vê neste acontecimento motivo para se fortalecer ainda mais e manter a comunicação livre por todo lugar."

A Rádio Muda funciona há pelo menos 18 anos e está desde 1992 na caixa d’água da Unicamp. É mantida por cerca de cem programadores, entre estudantes, funcionários da universidade e pessoas da comunidade em geral.

Assim como as outras rádios fechadas, a Rádio Muda não tem concessão do Ministério das Comunicações para funcionar, por isso é considerada ilegal diante do Código de Telecomunicações e do Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para Rádios Comunitárias.

Em nota oficial, a Procuradoria-Geral da Unicamp informou que acatou imediatamente a decisão da Justiça ontem, liberando o acesso dos agentes federais ao campus. “A operação constituiu um fato isolado, não interferiu nas atividades acadêmicas e administrativas da universidade, bem como nos serviços prestados à comunidade, que seguem dentro da normalidade”, disse a nota.

Carolina Filho, coordenadora do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Unicamp, disse que o fechamento da Rádio Muda é uma atitude arbitrária. “A rádio busca a democratização dos meios de comunicação”, disse Carolina. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) divulgou nota em que repudiou a ação da PF e defendeu a regularização de rádios comunitárias.

Os 31 mandados de busca e apreensão resultaram na interrupção da transmissão de emissoras clandestinas também em Indaiatuba, São João da Boa Vista, Capivari, Várzea Paulista, Vinhedo e Campo Limpo Paulista.

Candidatos a reitor se preparam para debates. Moschim retira candidatura

Tem início em 4 de março, no campus de Campinas, a série de quatro debates entre os candidatos à sucessão do reitor José Tadeu Jorge, cujo mandato se encerra em 19 de abril.

O médico Fernando Costa, ex-diretor da Faculdade de Ciências Médicas e atual coordenador geral da Universidade e a bióloga e engenheira de alimentos Gláucia Pastore, atual diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos, debaterão sucessivamente em Campinas (dia 4, às 12 horas), no campus de Limeira-Ceset (dia 5, às 19 horas), no campus de Piracicaba (dia 6, às 12 horas) e outra vez em Campinas (dia 9, às 19 horas).

O engenheiro de eletrônica Edson Moschim, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, retirou sua candidatura junto à Comissão Organizadora da Consulta (COC), por motivos pessoais.

As regras e o calendário dos debates foram definidos na quarta-feira, em reunião entre os candidatos e a Comissão. Outras decisões foram tomadas durante a reunião, por sorteio ou de comum acordo entre os candidatos, como a impressão dos programas, o uso de material de divulgação, o número de fiscais para a apuração da consulta e a ordem dos candidatos na cédula da consulta.

Veja o perfil dos candidatos.

FERNANDO FERREIRA COSTA é coordenador geral da Universidade. Graduou-se pela Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (1974), onde fez residência médica, mestrado (1979), doutorado (1981), livre-docência (1986) e atuou como docente de 1985 a 1989. Entre 1987 e 1989 cumpriu estágio de pós-doutoramento na Yale School of Medicine, Yale University, EUA. Em 1990 ingressou na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, no Departamento de Clínica Médica da FCM, onde em 1996 foi aprovado em concurso público como professor titular em Hematologia e Hemoterapia. Foi diretor da FCM no período de 1994-1998, pró-reitor de Pesquisa no período de 2002-2005 e desde 2005 é coordenador geral da Universidade. Tem 216 trabalhos publicados em periódicos de circulação internacional, orientou 22 teses de doutorado e 18 dissertações de mestrado. Recebeu vários prêmios entre os quais se destacam o Prêmio de Mérito Científico e Tecnológico do Governo do Estado de São Paulo (2000), Prêmio Scopus (2006) e Comenda da Ordem Nacional do Mérito Cientifico da Presidência da República – Classe Comendador (2008). É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 2001 e Pesquisador nível 1-A do CNPq, desde 1990.

GLÁUCIA MARIA PASTORE, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq nível 1A, graduou-se em ciências biológicas (1976) e concluiu doutorado em ciências de alimentos pela Unicamp em 1992. Fez pós-doutoramento em Food Sciences na Ohio State University, EUA, em 1993. É professor titular (MS-6) desde 2006. Publicou mais de 100 artigos em periódicos especializados e 152 trabalhos em anais de eventos. Possui 10 capítulos de livros e tem dois livros publicados. Possui duas patentes de produtos e duas de processo tecnológico. Participou de 25 eventos no exterior e 90 no Brasil. Orientou 25 dissertações de mestrado e 20 teses de doutorado, além de ter orientado 35 trabalhos de iniciação científica na área de ciência e tecnologia de alimentos. Recebeu oito prêmios e/ou homenagens. Atualmente coordena dois projetos de pesquisa (Fapesp e CNPq). Atua na área de ciência e tecnologia de alimentos com ênfase em alimentos funcionais. Em suas atividades profissionais interagiu com 154 colaboradores em coautorias de trabalhos científicos. É membro do corpo editorial de revistas científicas na área, tais como Journal of Food Science e Journal of Food Science and Biotechnology. Foi contemplada com o Prêmio Zeferino Vaz em 2001 e condecorada pela Academy of Food Science & Technology em 2008. É membro eleito do conselho da Internacional Union of Food Science and Technology (IUFoST) desde 2005.

Berra Vaca dá o mugido de abertura do Carnaval de Barão

Todos os blocos do distrito se reúnem no domingo dando a mostra do melhor Carnaval de Campinas

É neste sábado, dia 14 de fevereiro, a abertura "oficial" do Carnaval de Barão Geraldo, com concentração a partir das 22h00 do bloco "Berra Vaca", o mais tradicional e irreverente grupo de foliões do distrito. O bloco sai às 23h13min e 22 segundos.

"Na terra do boi falô a vaca berra" e vai marcar presença também nos dias 20 e 24 de fevereiro no mesmo local: saída e chegada na Banca Central de Barão.

No domingo, dia 15, acontece o encontro dos blocos a partir das 14h00 em frente ao Supermercado Barão do centro. Estarão presentes o União Altaneira, as Caixeirosas, Beeiro o Bloco, e também o Berra Vaca (de ressaca).

O bloco carnavalesco “Berra Vaca”, fundado em 1999, participa e anima o Carnaval de rua em Barão Geraldo desde o ano de 2000, sendo pioneiro neste tipo de manifestação popular em nosso distrito. A origem do seu nome surge para fazer companhia à lenda mais popular do distrito, a história do “Boi Falô”.

Seu espírito descontraído atraiu a participação de residentes e pessoas ligadas de várias maneiras a Barão Geraldo, e nos últimos anos tem contado com a integração de pessoas de outras regiões de Campinas e mesmo de outras cidades. O grupo original de participantes conta com profissionais das mais variadas formações, como, atores, músicos, engenheiros, psicólogos, advogados, médicos, professores, jornalistas, etc., todos unidos para resgatar composições brasileiras do passado bem como trazer novas contribuições para a festa popular.

Toda essa atividade vem sendo feita de forma voluntária e colaborativa pela comunidade. As fantasias, enfeites, sonorização, instrumentos, tudo advém da colaboração e doação de seus membros e simpatizantes.

Esse movimento inclusive acabou inspirando outros grupos a se manifestarem no carnaval. Assim, pode-se observar neste último ano, a existência de 5 blocos em atividade no distrito. A participação popular no Berra Vaca tem crescido constantemente, mostrando a receptividade do bloco na cidade.

De umas poucas pessoas no seu início, o Berra tem contado com centenas de participantes em suas apresentações. O cortejo de 2007 contou com cerca de 1.000 pessoas acompanhando a brincadeira, e em 2008 ultrapassou a casa dos 1,5 mil foliões. Desta forma, faz-se necessário um maior apoio e infraestrutura ao bloco para que a diversão popular continue sendo participativa e saudável para todas as idades.

O Bloco Cultural União Altaneira vem com o tema "na mandinga do samba", que trata do universo da capoeira, das religiões afro-brasileiras e seu sincretismo, além da influência da Bahia, local onde recentemente a bateria do bloco fez uma pesquisa sobre blocos afros e de afoxé. Além da bateria, ponto forte do bloco, o desfile contará com os já tradicionais "mini-carros alegóricos", construídos a partir de carrinhos de supermercado.

Este ano serão 3 carrinhos, além de dois bonecões gigantes e peixões voadores. Além do casal de mestre sala e porta bandeira, o bloco desfilará também com um casal de porta estandarte e batedor, relembrando uma antiga tradição dos cordões carnavalescos paulistas.

Além dos sambas altaneiros dos últimos carnavais e grandes clássicos da música popular brasileira, este ano o União Altaneira apresentará 3 sambas: um samba enredo, um samba-reggae e um samba de terreiro, de autoria de sua Ala de Compositores. Assim o bloco pretende trazer muito axé, alegria e descontração ao carnaval de Barão Geraldo.

Beeiro o bloco preparou várias novidades para esse ano. Os batuqueiros e toda a comunidade do Jardim América, Vila Santa Izabel, Real Parque e bairros adjacentes estão ensaiando o samba enredo do carnaval 2009 que tem por tema "É Preta a Cor do Poder". Tributo a Barack Hussein Obama, uma bela e justa homenagem ao primeiro negro e 44º presidente dos Estados Unidos da América do Norte.

A bateria agora conta com 40 músicos, mais que o dobro do ano passado. Durante os dias de carnaval haverá duas matines no sábado e no domingo durante à tarde para as crianças se divertirem e seus pais lembrarem-se das velhas e boas marchinhas carnavalescas.

No ultimo dia de carnaval ou seja terça-feira dia 24 de fevereiro de 2009 se dará o que se pretende ser a maior de todas as inovações, serão reunidos em um espaço cercado por cordas e por 10 seguranças todos os foliões do Beeiro com suas camisetas carnaval 2009, que irão atrás do carro de som.

Os brincantes que se concentrarão e sairão do estacionamento do Supermercado Barão da Vila Santa Isabel situado à Av. santa Isabel nº 1616 percorrerão por essa avenida depois seguirão a rua Ângela S. Grigol, então tomarão a direita seguindo pela Av. Angelino Grigol até a altura do numero 200 onde se localiza a sede do Beeiro no Jardim América, encerrando desse modo as festividades carnavalescas.

Barão prepara o melhor Carnaval de Campinas

União Altaneira, Beeiro, Caxerosas, Cupinzeiro e Berra Vaca. Se alguém nunca ouviu falar de nenhum desses blocos é porque não conhece o melhor Carnaval de Campinas. O blocos são de vários bairros de Barão Geraldo e se encontram no dias de Carnaval em seus trajetos pelas ruas do distrito.

A apoteose é sempre na Banca Central, início da avenida Santa Isabel, onde também acontece a concentração do Berra Vaca. O União Altaneira é formado por estudantes da Unicamp, músicos de Campinas e comunidade de Barão. O Cupinzeiro pela moçada do Jardim Santa Genebra e o Beeiro por Carnavalescos da Vila Santa Isabel. Já o Berra Vaca, pela união de outras vertentes, assim com as Caxerosas.

Sem apoio da prefeitura, a mais original, criativa, envolvente, descontraída, irreverente e animada manifestação carnavalesca de Campinas não tem esquemas rígidos de desfile ou horários, mas todos aderem e a folia rola solta todos os dias do carnaval. Alguns blocos se destacam pela força da bateria, outros pelo empenho no ritmo e outros ainda, como o Berra Vaca, pelas tradicionais marchinhas carnavalescas.

O Beeiro já está realizando ensaios todos os finais de semana a partir das 15h00 no Centro Comunitário do Jardim América. Promove a venda de camisetas do bloco para viabilizar o desfile e pagamento da sonorização. Já tem samba enredo que homenageia Barack Obama.

Se a programação seguir a mesma do ano passado será a seguinte:

Desfile do bloco "Berra Vaca"
Data: 20/02 (sexta-feira) e 24/02 (terça-feira), de meia-noite às 4 horas
Itinerário: A concentração acontecerá na Banca Central, em Barão Geraldo. O bloco sairá da R. Maria L. B. Pattaro, R. Alcides de Barros, Av. Albino José Barbosa de Oliveira, R. Prof. Atílio Martini, R. Antônio Pierozzi, Av. Santa Izabel e R. Horário Leonardi, chegando à Praça Trinta de Dezembro

Desfile do bloco "União Altaneira"
Data: 21/02 (sábado), das 17h00 às 00 horas
Itinerário: O bloco sairá da portaria de cima da Moradia Estudantil na Av. Santa Izabel, até a Banca Central.

Desfile do bloco "Cupinzeiro"
Data: 23/02 (segunda-feira), das 17 às 22 horas
Itinerário: O desfile terá início na R. José Martins, avançará pela R. Agostinho Pattaro, Av. Santa Izabel, R. Lucinda de Carvalho Marques e R. Luís Vicentin Sobrinho, que é o ponto de chegada do bloco, próximo à praça Ângelo Carlini.

Desfile do bloco "Beeiro"
Data: 24/02 (terça-feira), das 19 horas à meia-noite
Itinerário: A concentração deste bloco acontecerá na Av. Santa Izabel, entre as ruas Agostinho Pattaro e Jerônimo Pattaro. O desfile irá evoluir ao longo da Av. Santa Izabel, passará pela R. Armando S. Bonomi e pela R. Ângela S. Grigol, onde terminará.

Obs: Programação sujeita a alterações

Ensaio é Carnaval de graça no Anhembi

São chamados ensaios técnicos para os desfiles, mas é um verdadeiro pré carnaval das escolas de samba de São Paulo. As apresentações pouco ficam devendo para as oficiais, em termos de animação e pique de samba.

É claro que não são apresentadas as principais fantasias e carros alegóricos, mas a descontração compensa essas falhas. As agremiações levam todas as alas para a passarela. E o melhor de tudo: é de graça.

Nos dias do desfile oficial o ingresso mais barato fica em R$ 40,00 na arquibancada e o mais caro chega a R$ 38.500,00 o camarote.

Veja o calendário dos próximos ensaios e se programe:

06 de fevereiro, sexta-feira

22h - Mancha Verde

07 de fevereiro, sábado

19h - Vai-Vai
20h - Leandro de Itaquera
22h - X9 Paulistana
23h - Gaviões da Fiel
00h - Unidos do Peruche

08 de fevereiro, domingo

19h - Pérola Negra

14 de fevereiro, sábado

16h - Unidos de Vila Maria
18h - Nenê de Vila Matilde
19h - Mocidade Alegre
20h - Rosas de Ouro
21h - Camisa Verde e Branco
22h - X9 Paulistana
23h - Vai-Vai

15 de fevereiro, domingo

18h - Império de Casa Verde
19h - Leandro de Itaquera
20h - Tom Maior
21h - Mancha Verde