quinta-feira, 26 de março de 2009

Unicamp terá 240 câmeras de monitoramento e cancelas automáticas


A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai investir R$ 5 milhões neste ano para instalar cancelas eletrônicas nas guaritas e 240 câmeras de vídeo nas áreas externas. No primeiro trimestre deste ano, o número de furtos de objetos pessoais mais que dobrou no campus em comparação com o mesmo período de 2008, de acordo com dados da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário. Foram 78 furtos neste ano e 37 no ano passado. Os casos de furtos de veículos subiram de 13 para 16 e os roubos caíram de três para um. No ano passado, houve também um caso de sequestro-relâmpago.

Para o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, o número de ocorrências é pequeno em relação à quantidade de pessoas que circulam pela Unicamp e por não haver segurança armada. Cerca de 50 mil pessoas e 35 mil veículos passam por dia pela universidade. Seis veículos foram furtados e três tiveram objetos do interior levados por bandidos entre a última quinta-feira e a manhã de anteontem dentro do campus da Unicamp. As ocorrências foram registradas no 7 Distrito Policial (DP), de Barão Geraldo. De acordo com o delegado Fernando Figueiredo Chaib, há três meses no comando, esse tipo de crime é o mais comum e acontece quase todas as semanas.

Além das câmeras, serão instaladas cancelas eletrônicas nos acessos ao campus, ao custo de cerca de R$ 1 milhão, segundo o pró-reitor. O serviço será contratado com outro edital, que deverá ser lançado em 60 dias. A implantação deverá ocorrer em até de três meses. Hoje, pessoas cadastradas têm um selo no para-brisa que permite a entrada e, na saída, apresentam uma carteirinha. Visitantes recebem na entrada um formulário com data, hora, placa e marca do carro, que tem de ser devolvido na saída.

A segurança atual é feita por 80 servidores públicos e 250 funcionários de uma empresa terceirizada. Os vigilantes fazem rondas de carro, moto e bicicleta, além de ficarem em 129 postos fixos. No total, são gastos R$ 12 milhões por ano, sendo que R$ 8 milhões são pagos à empresa Servi e R$ 4 milhões são gastos com a folha de pagamento dos funcionários da universidade.

Contra

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) é contra a instalação de câmeras, segundo a coordenadora Carolina Filho. “Achamos que, além de não garantir a segurança, também é uma forma de vigiar as coisas que acontecem no campus”, disse. Segundo a representante estudantil, a iluminação precária, o mato alto em alguns pontos do campus e a terceirização do serviço de vigilância são as principais deficiências do setor na Unicamp. Segundo o pró-reitor, a iluminação e a conservação são adequadas, mas podem ser melhorados se forem apontados problemas pontuais.

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