Conheci Emil Rached quando comprei dele, em sua loja no Taquaral, uma churrasqueira modulada com a qual fizemos muita festa na casa da vila Santa Isabel, onde até hoje o Russinho (Álvaro Kassab) faz churrasco para sua família e amigos.
Fiquei, como a maioria das pessoas, impressionado com as dimensões de seu corpo, pois não era só a altura, os pés e as mãos eram proporcionais. Parei para observar como ele entrava em seu Corcel azul, primeiro com a bunda para depois adentrar com a cabeça e os pés. Foi muito atencioso e gentil, de uma amabilidade inesquecível.
Medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 1971 em Cali, Colômbia, morreu nesta quinta-feira, 15 de outubro, o ex-jogador de basquete Emil Rached, aos 66 anos de idade. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Centro Médico de Barão Geraldo, perto de Campinas. O ex-atleta não resistiu a complicações clínicas e morreu com uma infecção generalizada.
Com 2,20 m de altura, Emil Rached ficou conhecido como o mais alto jogador da história do basquete brasileiro. Nascido em 20 de junho de 1943, passou por Palmeiras, XV de Piracicaba, Corinthians, Botafogo-RJ, TC Campinas e Rio Claro. O pivô foi descoberto pelo árbitro Renato Righetto, que o apresentou ao time do Palmeiras em um jogo em Campinas. Na semana seguinte, o gigante já estava morando e treinando no Parque Antártica.
Pela seleção brasileira, além do título do Pan de 1971, ficou em terceiro lugar no Campeonato Mundial de 1967, disputado do Uruguai, além do vice-campeonato sul-americano em 1966, tendo disputado 18 jogos oficiais pelo time nacional.
Rached foi eleito o melhor jogador da final do Pan de Cali contra Cuba. “Fui o cestinha e eliminei três jogadores de Cuba na final por falta. Eu chamava muita atenção por ser grande. Conseguia atrair dois marcadores para mim e sempre um ficava livre”, contou o ex-jogador.
Apesar da passagem marcando pelo basquete, Emil Rached ficou famoso como ator, trabalhando ao lado da trupe dos Trapalhões, tanto em filmes quanto no programa de TV. Ele participou de “O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão” e “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas”, filmes que tiveram um público de 5 milhões de expectadores cada. “Um dia o Renato Aragão me convidou para ser parte efetiva dos Trapalhões. Eles se aproveitavam de mim”, disse Rached, em tom de brincadeira, sobre seus trabalhos ao lado de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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