sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O lucro do lixo


Existe um conceito disseminado de que o maior benefício na reciclagem de lixo está na preservação do meio ambiente, mas existem outros benefícios, econômicos, que devem ser levados em conta, e muitas prefeituras e empresas já descobriram isso.

O meio ambiente sofre agressões constantes dos meios de produção contemporânea, que priorizam o consumo de produtos industrializados e poluidores. Além da questão ambiental, existe uma forte motivação que está levando as pessoas a se preocuparem com a sustentabilidade, ou seja, a preservação de recursos naturais e qualidade de vida para as futuras gerações, com a manutenção do padrão de consumo atual.

Muitos dos elementos poluidores da natureza hoje podem ser reaproveitados com duplo benefício: a redução do desperdício e volume de lixo, e a renda de sua reciclagem. Material de construção (entulho), papel, alumínio, vidro e até o lixo orgânico se transformam em produtos que irão evitar mais consumo de recursos naturais. A produção de materiais de consumo não poluentes, ou resultado de matéria prima reciclável também estão em alta no mercado.

Diversas cidades da região de Campinas, entre elas Americana, Artur Nogueira, Cosmópolis, Hortolândia, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santo Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, por falta de espaço ou licenciamento de áreas para aterro, encaminham diariamente 3,8 mil toneladas de resíduos sólidos para o aterro da Estre Ambiental, de Paulínia, que trata os resíduos de maneira profissional.

É um bom negócio para as prefeituras, que gastam menos que em operação de aterros próprios, e melhor ainda para a Estre, que recicla e trata o chamado lixo classe 2, de residências e indústrias, obtendo renda com o crédito de carbono resultante do metano (captação e queima do CH4 a fim de atender aos propósitos do Protocolo de Kyoto), tratamento do chorume e reciclagem de materiais sólidos (plástico, papel, alumínio e vidros) pela Cooperativa (Cooperlínia) que funciona no local.

Quando a melhor solução para resíduos de classe I (resíduos industriais líquidos, sólidos ou pastosos) for a destruição térmica em fornos de cimento, a Estre utiliza técnicas de queima com aproveitamento do resíduo como potencial energético ou substituto de matéria-prima na indústria cimenteira, sem qualquer alteração na qualidade do produto final. No sistema de gerenciamento de triagem e reciclagem de matérias da construção civil, um britador com capacidade de 100 toneladas de entulho por hora, permite que a máquina transforme entulho em britas com diversas finalidades e aplicações.

No final das operações, previstas para 20 anos, a empresa se compromete a devolver o local com um bosque natural recuperado com plantas nativas da Mata Atlântica.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Inadimplência cresce em Campinas mas é estável na região



A inadimplência disparou no comércio de Campinas em julho, na comparação com o mês de junho, segundo levantamento da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas). As vendas caíram 2,63% na comparação feita com junho e cresceram 1,54% em relação a 2008, mas a inadimplência cresceu 22,28% na relação feita com o ano passado. De janeiro a julho o comércio em Campinas acumula 102.264 contas não pagas. O calote representa R$ 52 milhões.

Os índices de consumidores inadimplentes (devedores) no comércio da região oscilam de acordo com a realidade local, mas o movimento aponta para uma estabilidade na micro região, e até de queda do calote em geral. É o que acontece em Itatiba, onde os registros ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) apresentaram queda pelo segundo mês consecutivo, conforme balanço divulgado pela AICITA (Associação comercial e Industrial de Itatiba).

Em Louveira, apesar do aumento de pedidos de cobrança de cheques sem fundo, a inadimplência permanece estável, segundo avaliação de Jaílson Marinho, presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Louveira. “O consumidor está usando menos cheques no comércio, e grande parte é de pré-datados nas compras a prazo, mas a maioria usa cartões de crédito”, avalia. Para Marinho, o aumento dos pedidos de cobrança também são resultado da maior divulgação deste serviço oferecido pela ACE.

Da mesma opinião partilha Marcos Ferraz, presidente da ACIVI (Associação Comercial e Industrial de Vinhedo). Segundo ele o setor ainda sente os reflexos da crise mundial, mas não há dados recentes sobre a inadimplência, pois o uso do cartão de crédito aumentou e tal forma de pagamento só exige a consulta por parte da operadora, na hora de aceitar a proposta do cliente. "Com o crescimento dos cartões, automaticamente caíram o uso de cheques e as consultas aos serviços de proteção ao crédito", ressaltou Ferraz.

Cheques

Os dados da Região Metropolitana confirmam a redução no uso de cheques. No 1º semestre de 2009 foram compensados na RMC, cerca de 15.158 milhões de cheques, 11,8% menos que o 1º semestre de 2008, quando foram compensados 17.197 milhões. Desse montante foram devolvidos por falta de fundos no 1º semestre, cerca de 307,4 mil cheques, 0,4% acima dos 306,4 mil de 2008. Na relação cheques devolvidos a cada mil aumentou 13,75%. Foram 20,27 cheques devolvidos por 1.000 compensados de 2009, contra os 17,82 cheques devolvidos por 1.000 compensados de 2008. Em relação a valores, os 307,4 mil cheques devolvidos em 2009, representaram um total de R$ 299,5 milhões, correspondendo ao valor médio de R$ 974,30 por cheque devolvido por falta de fundos. Em 2008, essa relação foi de R$ 251,2 milhões, e de R$ 820,00 por cheque devolvido por falta de fundos. Observa-se que em termos de valores, o total de cheques devolvidos por falta de fundos de 2009, foi 19,0% superior ao de 2008.

Em nível nacional a relação cheques devolvidos / 1.000 compensados foi de 23,10 cheques devolvidos por 1.000 compensados em 2009, contra 19,90 cheques devolvidos por 1.000 compensados em 2008, o que representou uma expansão de 16,0% na devolução, portanto a devolução na RMC ficou em 13,75%, um pouco abaixo da média nacional. Especificamente no mês de Junho atual, foram devolvidos na RMC, cerca de 47.900 cheques sem fundos, contra os 45.600 de Junho de 2008, representando uma expansão de 5,04% no volume de cheques devolvidos.

Melhorias

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor aponta para uma melhora na economia e menor inadimplência do consumidor no início do 2º semestre. A inadimplência do consumidor abriu o segundo semestre de 2009 em desaceleração. Na relação anual, julho 2009/2008, a evolução na inadimplência do consumidor foi de 6,9%, bem abaixo do verificado na comparação do 1º trimestre de 2009 (+11,4% em relação ao 1º trimestre de 2008), bem como comparativamente ao 2º trimestre de 2009 (+9,4% frente ao 2º trimestre de 2008).

Segundo os analistas da Serasa Experian, a perda de fôlego na inadimplência do consumidor, é devida a melhora na atividade econômica, já a partir do 2º trimestre de 2009, com os primeiros sinais de contratação de mão de obra; do retorno do crédito, com prazos mais longos, e o regresso das negociações de dívidas; das taxas menores de juros e do aumento na confiança do consumidor, que já começa a enxergar a crise pelo retrovisor.

Mesmo em ritmo desacelerado, a inadimplência do consumidor teve crescimento de 9,9% nos sete primeiros meses de 2009, na comparação com o mesmo período do ano anterior, depois de ficar estabilizada no acumulado de janeiro a maio (10,3%) e no semestre (10,4%). É interessante destacar que de janeiro a julho deste ano houve o agravamento da crise financeira internacional, concentrada no primeiro trimestre, enquanto que no mesmo intervalo de 2008, a economia crescia.

Em Itatiba, além da queda de inadimplentes, foi registrado aumento nas consultas do SCPC, o que significa mais consumidores comprando. Conforme o balanço divulgado dia 20/08 pela AICITA, foram incluídos 868 débitos em julho contra 999 em junho e 1.221 em maio. Ao mesmo tempo, os cancelamentos – que demonstram a preocupação dos consumidores em quitar suas dívidas e limpar o “nome na praça” – saltaram de 640 em junho para 714 no mês passado, mostrando que a retomada do crédito ajudou a renegociação de débitos no período.

Outra boa notícia para a economia itatibense é que as consultas ao SCPC – termômetro das vendas a prazo – também cresceram, favorecidas pelo clima frio e liquidações, sobretudo, de roupas de calçados. Foram feitas 18.985 consultas em julho contra 18.600 em junho. As consultas já tinham crescido de abril a maio (14.674 a 16.466 ) e de maio a junho (16.466 a 18.600).

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Berra Vaca anima a "Picareta" neste sábado em Barão Geraldo



A Associação Etílico Carnavalesca Berra Vaca, entidade com fins libertários estabelecida em Barão Geraldo e redondezas do distrito de Campinas, anuncia mais uma edição da "Picareta", evento destinado a descontrair os foliões diante da insistência de picaretagens e baixarias dos políticos do nosso País no Congresso, governos e outras casas parlamentares e de fácil corrupção.

O evento ocorre neste sábado, dia 15 de agosto, com início a partir das 23 horas na Banca Central de Barão Geraldo. A "Picareta" é a versão baronense da micareta, carnaval fora de época que é realizado em várias regiões do Brasil.

O grande homenageado deste ano é o presidente do Senado, José Sarney, protagonista de mais uma mega picaretagem exaustivamente denunciada pela imprensa, e que se nega a largar as tetas da vaca, não de Barão, mas do Planalto. Traga seu bigode vassourinha e participe.

O bloco carnavalesco “Berra Vaca”, fundado em 1999, participa e anima o Carnaval de rua em Barão Geraldo desde o ano de 2000, sendo pioneiro neste tipo de manifestação popular no distrito. A origem do seu nome surge para fazer companhia à lenda mais popular do distrito, a história do “Boi Falô”. Na terra do "Boi Falô" a vaca berra.

Seu espírito descontraído atraiu a participação de residentes e pessoas ligadas de várias maneiras a Barão Geraldo, e nos últimos anos tem contado com a integração de pessoas de outras regiões de Campinas e mesmo de outras cidades. O grupo original de participantes conta com profissionais das mais variadas formações, como, atores, músicos, engenheiros, psicólogos, advogados, médicos, professores, jornalistas, etc., todos unidos para resgatar composições brasileiras do passado bem como trazer novas contribuições para a festa popular.