terça-feira, 30 de junho de 2009
Hospital da Sobrapar inaugura nova área do Bazar
Para ampliar as vendas de roupas, calçados e móveis, o Bazar de Usados do Hospital da Sobrapar inaugura novas instalações. Responsável por 15% da receita do Hospital da Sobrapar, o Bazar de usados é uma importante fonte para a sustentabilidade da instituição e garante ao público maior economia e diversidade de artigos.
O hospital manteve a área antiga do Bazar de 200 metros quadrados onde são comercializados eletroeletrônicos, produtos de linha branca, livros e objetos de decoração, entre outros itens. Nessa área estarão dispostos também artigos de vestuário em promoção. Nas novas instalações, o Bazar conta com roupas femininas e masculinas usadas e algumas sem uso, calçados, gravatas, cintos, bolsas, cachecóis e lenços. No setor de móveis, o destaque é para sofás.
Com nove anos de atividades, o Bazar recebe doações de produtos e agora necessita ampliar as vendas para auxiliar o hospital em suas despesas. O objetivo da Sobrapar com as áreas de moda e mobiliário é conquistar mais consumidores, além daqueles que já circulam atualmente pelo campus da Unicamp. A população da Unicamp é formada por cerca de 19 mil estudantes e 14 mil funcionários, além de pacientes da Sobrapar e usuários de serviços de saúde do Hospital das Clínicas da Unicamp.
Bazar de roupas, móveis e utensílios do Hospital da Sobrapar
Local: Hospital da Sobrapar
Atendimento: 8h às 16 horas – de segunda a sexta-feira
Fone: 3749 9708
Endereço: rua Adolfo Lutz, 100 – Cidade Universitária – Campinas/SP
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Todo mundo vai ao circo, mesmo se for no teatro
Palhaço, mágico, malabaristas, acrobatas, adestrador de animais e toda a magia do circo transportada do picadeiro ao palco do teatro. Esta é a fórmula encontrada pelo Circo Bolshoi, um dos mais tradicionais do mundo, para viabilizar espetáculos ao grande público.
Com preços a R$ 6,00 o teatro fica lotado por um público diversificado composto na sua grande maioria por crianças ávidas por diversão em cidades do interior. “Vinhedo possui uma das quatro salas melhor estruturadas em todo o Brasil para abrigar este tipo de espetáculo”, destacou Augusto Stevanovich, proprietário do Circo Bolshoi no Brasil, com 15 anos de estrada pelo País, no intervalo da apresentação em Vinhedo. “Foi a primeira de uma série de promoções que pretendemos trazer para o público de Vinhedo”, destacou o diretor de Cultura, Paulo Ramos.
O espetáculo começa com o palhaço descontraindo o público chamando para a participação, que marca a maioria das esquetes. São apenas sete artistas no elenco, que pode chegar a 36 dependendo do tamanho do espaço, que contagiam o público com performances de tirar o fôlego. Youlia Simonova, uma bela loira, faz o papel de mágica e malabarista em diversas apresentações. Homiskaya Tatiana, uma senhora de 71 anos, impressiona pela disposição física em quadros de acrobacia e dança. Nicolai, o palhaço, leva o público ao delírio em cenas hilariantes.
Alan Stevanovich, filho de Augusto, de apenas oito anos, mostra toda a habilidade no adestramento de periquitos australianos, e as assistentes Ludmila, Alexia e Liúbia dão suporte aos artistas e demonstram habilidades também nas cenas de mágica e dança. “Alan é neto de Michail Simonovi, que passou um tempo em Cuba ensinando adestramento de animais”, conta Augusto Stevanovich, para mostrar a veia artística do filho.
Praticamente todas as cenas do palhaço contam com a participação do público, crianças e adultos que são levados ao palco para também testar a performance artística. Algumas cenas de mágica também contam com a presença de crianças. Essa interatividade dá maior dinâmica ao espetáculo e estimula o público. “Procuramos fazer um espetáculo enxuto, com cenas mais curtas, próprias para o público do teatro”, esclarece Stevanovich. “O público de teatro não vai ao circo, e o público de circo não costuma assistir a peças de teatro. Estamos tentando unir esses públicos”, reforça.
O Bolshoi é um estatal russa que possui, além do circo, também grupos de teatro, balé e música. “Na Rússia a maioria das cidades possui espaço fixo para o circo. Em Moscou as apresentações têm espaço no calendário turístico, e o público é fiel, estimulado pelos preços de ingressos a cerca de US$ 3 (três dólares)”, destaca Stevanovich.
A adaptação dos espetáculos aos palcos de teatro é uma tendência para manter a tradição circense independente dos altos custos de transportes da estrutura de um circo convencional. Mesmo assim o Bolshoi viaja com seis caretas para transporte de uma tenda onde realiza os espetáculos.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Onça parda é achada no condomínio Rio das Pedras
A onça foi sedada com o uso de dardos com tranquilizantes e colocada dentro de uma jaula
Ela estava próxima ao muro que cerca a área e foi vista por um funcionário na manhã desta quarta-feira
Uma onça sussuarana , conhecida também como onça parda, foi encontrada dentro do Condomínio Rio das Pedras em Barão Geraldo, na manhã desta quarta-feira (24). Ela estava próxima ao muro que cerca o condomínio e foi vista por um funcionário que, ao se aproximar, o animal se assustou e correu para os fundos do condomínio onde tem uma área ambiental com um lago.
Segundo o gerente administrativo do condomínio, Eugênio Bolyhos, o animal estava calmo, porém, ficou assustado com a aproximação das pessoas. “É a primeira vez que aparece uma onça aqui. Provavelmente, ela deve ter vindo da Fazenda Rio das Pedras que fica atrás do condomínio. Procuramos mantê-la na área verde do condomínio, o que facilitou no trabalho dos bombeiros', disse.
A Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros foram acionados para fazer a captura da onça que ao perceber a movimentação do local escapou e subiu no muro. A onça foi sedada com o uso de dardos com tranquilizantes e, após 10 minutos, colocada dentro de uma jaula.
A sussuarana foi levada para o Parque Ecológico de Paulínia. Depois de avaliar a onça, é que o veterinário deve decidir se o animal será solto em uma área de Itatiba ou levado a outro local.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Declaração de ministro compromete a profissão dos advogados
Ao declarar que a decisão de derrubar a exigência de diploma de jornalista deverá criar um modelo para outras profissões que “ não exigem aporte científico e treinamento específico”, o presidente do STF, Gilmar Mendes, inclui sua própria profissão, a de advogado, no rol das que podem ser desregulamentadas.
Se existe uma profissão com similaridade à de jornalista é justamente a de advogados, pois ambas se baseiam em fatos e idéias, assim como fazem das letras, da história e dos usos e costumes fontes de suas interpretações dos fatos contemporâneos.
Segundo Gilmar Mendes, a decisão vai suscitar debate sobre a desregulamentação de outras profissões. O tribunal vai ser coerente e dirá que essas profissões podem ser exercidas sem o diploma.' Há, segundo o ministro, vários projetos sobre o tema no Congresso, que, se chegarem ao STF, terão a mesma interpretação dada à questão do diploma de jornalismo.
'A regulamentação, se for o caso, será considerada inconstitucional', afirmou o presidente do STF. Mendes esclareceu que, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho 'perdeu o sentido', assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão. 'O registro não tem nenhuma força jurídica.' O ministro também disse 'não ser viável juridicamente' a elaboração de uma nova lei pelo Congresso exigindo diploma, como sugeriu o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
A exigência do registro de advogado na Ordem dos Advogados do Brasil também é inconstitucional, pois fere o princípio da liberdade de filiação a entidades de classe. A Constituição Federal diz no inciso V do artigo 8º que: “Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato”. Portanto, o registro de advogado não tem nenhuma força jurídica.
Pousada do Sossego é opção de hospedagem e eventos agradáveis junto à natureza
Comemorações de aniversários, batizados e casamentos têm espaço adequado para diversões em área rural bucólica entre Vinhedo e Louveira
Comemorar aniversários, casamentos, noivados e confraternizar com grupos de amigos fazendo churrasco na beira da piscina, enquanto as crianças passeiam de pônei, os jovens batem uma bola no mini campo, os amantes da pesca tentam fisgar um tucunaré, pacú ou uma tilápia no lago, e os mais idosos passeiam no pomar, é possível na Pousada Recanto do Sossego.
E depois da festa, descansar em uma das 15 suítes do local, e encomendar um jantar para fechar com classe o final de semana. Toda essa programação é possível na Pousada Recanto do Sossego, localizada na divisa de Vinhedo e Louveira, que tem atraído grupos distintos de um público diversificado interessado no convívio com a natureza, no ar puro em meio a matas nativas e no silêncio da área rural.
Há dez anos instalada no local, que foi sendo melhorado constantemente, a pousada é administrada por Antonio Carlos de Almeida, que oferece também pacotes de hospedagem para Executivos com preços diferenciados durante a semana. O público que procura a pousada é formado por jovens casais, famílias e grupos de amigos nos finais de semana para confraternizações, além dos executivos a trabalho na região que repousam na pousada.
Entre as opções de serviços estão o aluguel do espaço e churrasqueira da piscina (há também quatro churrasqueiras em volta do lago de peixes) para festas de confraternizações, diária para uso somente da piscina, as diárias das suítes, e encomendas de jantares e almoços no restaurante da pousada. A partir de agosto estará funcionando todos os finais de semana um restaurante com a tradicional comida mineira.
As suítes são confortáveis e possuem cama de casal ou de solteiros, televisão e chuveiro quente. O lago foi formado a partir de um olho d´água que existia no local, com água natural e corrente, o que garante a qualidade dos peixes, mas a pesca está disponível somente para os hóspedes, que devem levar sua "tralha". A pousada promove ainda jantares encomendados e nos finais de ano realiza um banquete de réveillon para os clientes.
Serviço:
Pousada Recanto do Sossego
Estrada Vinhedo Louveira km 81, nº 2062 – Bairro Paiol Velho – Vinhedo – SP
www.pousadarecantodosossego.com.br
(19) 3878-4012 ; Cel: (19) 9351-2272
Oficina Primavera comemora um ano de atividades no Galleria Shopping
Parceria entre Galleria Shopping e Grupo Primavera é pioneira e inovadora; resultados da loja demonstram a força dessa união e o potencial da responsabilidade social
Nesta quinta-feira, 18 de junho, a Oficina Primavera, loja do Grupo Primavera localizada no Galleria Shopping, em Campinas, completou um ano. A data é um marco para a ONG que, de forma pioneira, chegou ao varejo em um endereço nobre na cidade para expor e comercializar suas bonecas e brindes. A montagem e operação da loja somente foi possível pela parceria entre o shopping e a ONG, que cedeu gentilmente o espaço para abrigar a loja. Essa união reafirma o compromisso do shopping em criar um ambiente para atrair e agregar um público interessado em praticar responsabilidade social, indo além de um simples local de consumo.
"Dentro deste primeiro ano, temos nos surpreendido com a organização, o crescimento profissional e desempenho desta loja. Aprendemos muito com a ONG”, afirma Alessandra Furtado, gerente de Marketing do Galleria. Segundo ela, o Grupo Iguatemi, que administra o Galleria Shopping, é admirador do trabalho realizado com meninas em situação de risco no Jardim São Marcos, na periferia de Campinas. “A loja foi uma forma que tivemos para concretizar a afeição e o respeito pela missão importante e muito especial na sociedade desempenhada pelo Grupo Primavera”, diz Alessandra.
Para comemorar o aniversário da loja, uma série de atrações foram organizada. O livro infantil “Sofia descobre o anjinho da guarda”, da escritora Adri Weber, foi lançado com exclusividade na Oficina com tarde de autógrafos e apresentação da boneca que representa a personagem principal da história, Sofia, criada pela ONG. No interior da loja, uma mesa de ‘chá de bonecas’, preparada por Carla Terzaghi, de São Paulo, ficará em exposição até julho.
Já o grupo de danças do Grupo Primavera, formado por 31 meninas atendidas pela ONG, fez duas apresentações, às 18h e 19h no palco central, localizado no piso 1 do shopping. Todas estarão fantasiadas de boneca, que é a marca registrada do Primavera. A apresentação incluirá ritmos variados, brincadeiras de roda e dança moderna.
Neste primeiro ano de atividades, a loja adotou várias práticas que contribuem para cativar os clientes, entre elas, a tematização da vitrine. A cada mês voluntariamente uma equipe de arquitetos, decoradores ou designers de ambientes usa um tema específico do período para a decoração e muitas pessoas conhecem a loja e as atividades da entidade atraídas pela vitrine. Para o aniversário, a vitrine foi montada pela decoradora Rita Diniz.
A loja abriga uma oficina onde se demonstra como a boneca é produzida, com o aproveitamento criativo e mais sofisticado de produtos e retalhos, e o showroom que mostra o produto pronto e os brindes para empresas feitos pela instituição.
Além da comercialização dos produtos confeccionados na sede do Grupo Primavera, a loja também auxilia na divulgação das atividades desenvolvidas pela ONG. Cerca de 400 meninas são atendidas diariamente no Jardim São Marcos e a ONG conta com o apoio financeiro de empresas e o trabalho de inúmeros voluntários para a realização de seus programas sócio-educacionais visando a inserção social e profissional do futuro das jovens.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Missa de Ação de Graças pelos 30 anos da Sobrapar será nesta quarta
Hospital comemora mais de 200 mil atendimentos desde sua fundação; no ano passado, foram realizadas 1200 cirurgias e mais de 16 mil atendimentos
Uma Missa de Ação de Graças celebrada pelo bispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini, integra o calendário de comemorações de aniversário dos 30 anos do hospital da Sobrapar. Doadores e beneméritos, médicos, funcionários e admiradores do trabalho da instituição participarão da missa, que acontecerá amanhã, quarta-feira, às 16 horas, no hall do hospital. Referência no atendimento a portadores de fissura lábio palatina (ou lábio leporino) e deformidades do crânio e da face, o hospital recebeu recentemente o diploma que o classifica entre os melhores do estado em atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com mais de 200 mil atendimentos desde sua fundação, o hospital somou em 2008 cerca de 16 mil consultas e 1200 cirurgias, desde o fechamento de fissura lábio palatina a cirurgias de alta complexidade. De acordo com a presidente do hospital, Vera Lucia Raposo do Amaral, os resultados mostram a conscientização da população, dos profissionais de saúde e dos hospitais que fazem o encaminhamento dos pacientes.
Para este ano, o desafio é estimular parcerias com empresas e doações que garantam a continuidade dos serviços prestados. “Para que as doações ocorram, as pessoas devem se interessar pelo problema. Há ainda muito desconhecimento sobre as anomalias faciais e a melhor maneira de criar vínculo com os doadores é através da informação sobre as doenças e deformidades que tratamos”, diz a presidente.
Serviço:
Missa de Ação de Graças em comemoração aos 30 anos da Sobrapar
Quando: quarta-feira, 17/06/09, às 16h
Local: Hospital de Sobrapar
Endereço: rua Adolfo Lutz, 100 – Cidade Universitária – Campinas/SP
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Primeira brasileira no topo do mundo
O que leva uma pessoa normal a deixar uma atividade profissional segura e tranquila, o conforto do lar e a companhia do marido e filha, para se aventurar em escaladas de montanhas e viver situações adversas e perigosas, com risco de morte?
A resposta pode estar no íntimo da cirurgiã plástica Ana Elisa Boscarioli, primeira brasileira a conquistar o cume do Monte Everest, no Himalaia que, não satisfeita, busca agora ser a primeira sul americana a escalar as sete montanhas mais altas do mundo. Faltam apenas quatro. Além do Everest ela já conquistou o Aconcágua (6.962 metros) por três vezes, e o Cho Oyo (8.201 metros).
Ela tem a capacidade de incomodar os acomodados, envergonhar as dondocas e motivar os empreendedores a se empenharem por objetivos de conquista aparentemente distantes.
A trajetória de Ana começou em 1999, quando participou de um trakking ao campo base do Monte Everest, se apaixonou pelas paisagens da montanha e decidiu que iria conquistá-la. “Você está louca! Se quer escalar uma montanha, porque não participa antes do Ironman?” disse-lhe o marido, na tentativa de demovê-la da idéia. Ela foi, e conseguiu completar a prova de atletismo mais difícil do mundo, com 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.
Para subir o Everest foram sete anos de preparação, com pesquisas sobre alpinismo, leituras de publicações médicas sobre efeitos da altitude, curso de escalada em rocha e em gelo, preparo físico em academias, treinamento de corrida, natação, ciclismo e musculação, até estar pronta para objetivos intermediários.
Depois de subir o Aconcágua e o Ocho Oyo decidiu que estava pronta para o Everest. Para iniciar a escalada também teve de cumprir diversas etapas, começando por Katmandu em março de 2006, com uma caminhada de 10 dias até a base de 5.000 metros do Monte. Ficou dois meses 'morando' no acampamento para o corpo se adaptar, aprimorar o treinamento e aguardar a ocasião mais propícia para iniciar a escalada.
“Uma lição que aprendemos é respeitar o clima e a natureza. No acampamento, onde estavam cerca de 400 pessoas, a previsão do tempo é permanente”, lembra Ana. Segundo ela, o corpo, quando em situações extremas, reage com dores de cabeça, falta de ar a qualquer esforço, cansaço e até com problemas mais graves. As escaladas são acompanhadas por equipes de shepas, alpinistas locais experientes que estendem bandeiras coloridas nos acampamentos. “Nas bandeiras estão escritos mantras que o vento entoa, eles acreditam”, explica Ana.
A etapa seguinte foi a subida para o acampamento 1, a 6.000 metros, e depois para o acampamento 2, uma base avançada a 7.500 metros. “Muitas pessoas desistem, por causa das mortes, acidentes, problemas de saúde e também por causa do desgaste físico e emocional”, explica Ana. Até o acampamento 3, a Parede do Lost, a 7.500 metros, as dificuldades aumentam. As cachoeiras de gelo e profundas fendas são superadas pelo trabalho em equipes amarradas por cordas e escadas deitadas servindo de ponte. No acampamento 4, a 8.000 metros, o frio estava a 25º negativos.
Para continuar subindo, só com tubo de oxigênio. “São dois tubos de cinco quilos cada, mais água, alimentos, a roupa e equipamentos, que somam cerca de 25 quilos para carregar. A poucos metros do cume senti muita sede e fraqueza, sintomas de hipoglicemia. Engoli um tablete de proteína e tomei água antes de conquistar o topo”, lembra.
A emoção, segundo ela, é indescritível, embora tenha durado apenas quinze minutos. Logo iniciou a descida, também perigosa. Naquele momento morria do outro lado da montanha o campineiro Vitor Negrete, companheiro de Ana, que a guiou na conquista do Aconcágua pela Glacial dos Polacos. Negrete tentou conquistar o cume sem uso de oxigênio, e conseguiu, mas na descida foi surpreendido pelo frio e acabou morrendo. Foi enterrado ali mesmo, pelos shepas, como era seu desejo.
Para Ana, hoje com 43 anos, uma filha de nove e casada com o campeão brasileiro de tiro ao prato, foi um importante aprendizado. “Tudo na vida tem obstáculos. Temos sempre que ter um cume em vista”, filosofa.
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