terça-feira, 14 de abril de 2009

Reitor inaugura obras a toque de caixa antes do fim do mandato


A quatro dias da posse do novo reitor Fernando Costa, o reitor José Tadeu Jorge apressa a inauguração de obras e formalização de projetos para não deixar o mérito das realizações para seu sucessor.

A formalização do projeto de criação do Jardim Botânico; a inauguração de dois conjuntos de obras na Faculdade de Ciências Médicas (FCM); e a ampliação de dois laboratórios na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), encerram a gestão melancólica iniciada com a renúncia de Carlos Henrique de Brito Cruz da reitoria da Unicamp, em abril de 2005, quando ainda lhe faltava cumprir um ano e meio de mandato, para tornar-se diretor científico da Fapesp, cargo abaixo da presidência que ele já ocupara de 1996 a 2002, mas tido como o mais poderoso.

Tadeu Jorge, que vinha exercendo a coordenação geral da Unicamp desde 2002, tornou-se reitor por antecipação e assumiu em 19 de abril de 2005. O novo reitor, o médico Fernando Costa, tomará posse às 18 horas do dia 17, em cerimônia no Centro de Convenções da Unicamp.

O projeto do Jardim Botânico será realizado em uma área de proteção permanente, localizada entre a Feagri e a Editora da Unicamp, e deve se tornar um espaço para estudo em educação ambiental e lazer, com ênfase na conscientização sobre a importância das plantas nos ecossistemas e nos recursos naturais. As primeiras mudas já começaram a ser plantadas no local – pitomba, jabuticaba, cacau e uvaia. O projeto ainda contará com canteiros, praça com plantas citadas na Bíblia, passarela de plantas aquáticas, Jardim Japonês, Jardim Caipira e outros espaços.

Junto com o diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) em exercício, José Antonio Rocha Gontijo, bem como os dois diretores que o antecederam, Mário Saad e Lílian Costalat, o reitor inaugurou também dois conjuntos de obras da FCM, estimados em R$ 3,9 milhões: o Laboratório de Habilidades e o prédio da pós-graduação.

O novo Laboratório terá 1.280 metros quadrados, acomodando uma sala de aula com bancadas para 120 lugares para atividades de microscopia e mais três salas de suporte para as práticas acadêmicas, guarda de materiais e de um futuro museu das peças anatomopatológicas usadas em demonstrações e estudos. Já o prédio da pós-graduação, de 1.056 metros quadrados, reunirá as secretarias dos programas de pós-graduação, salas de apoio às coordenadorias, videoconferência e reunião de banca para avaliação de teses, salas de aula, sala de informática, nove laboratórios para jovens talentos e elevador para facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais.

E finalmente com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), através do projeto CT-Infra e da Administração da Unicamp, a Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) comemorou a entrega à comunidade da ampliação do Laboratório de Instrumentação e Controle e, também, do Laboratório de Projetos de Máquinas Agrícolas.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Moradores do Cambuí, Barão e Taquaral protestam contra barulho de bares


A Associação Civil dos Amigos do Bairro Cambuí está movendo ações contra a Prefeitura de Campinas, junto ao Ministério Público, para que em caso de descumprimento da fiscalização da lei do silêncio em bares e restaurantes, o Executivo seja multado diariamente em R$ 40 mil, além de multa de R$ 10 mil para dos donos de bares, e mil reais para os proprietários dos estabelecimentos.

A informação foi divulgada durante depoimento À Comissão Especial de Estudos (CEE) do Barulho, na Câmara Municipal, onde participaram também representantes de Barão Geraldo, do Taquaral e de sindicatos. “Fica aqui depositada minha esperança nessa CEE, para que nossas dificuldades sejam sanadas, pois só falta vontade política para resolver essa situação”, desabafou José Renato Fernandes, presidente dos Amigos do Bairro Cambuí.

Fernandes revelou dados importantes à CEE, como os 424 pontos de alimentação e as 112 casas noturnas que o bairro possui, além de informar que existem restaurantes funcionando há 22 anos sem alvará. Um laudo feito pela Associação em 2008 mostrou que dos 72 bares que haviam na época, apenas seis possuíam alvará.

Para a moradora do Jardim São Gonçalo, no distrito de Barão Geraldo, Marilena Cherutti, a fiscalização até existe, mas falta bom senso dos proprietários. “Nossa dificuldade é com a Cooperativa Brasil que tem alvará de escola, mas que cede espaço para estudantes realizarem festas. Se o fiscal for durante o dia averiguar, não vai comprovar nada”, explicou a moradora.

Outra crítica que a Prefeitura recebeu, foi do presidente da Associação dos Moradores da Av. Heitor Penteado e Adjacências, Arnaldo Madeira, que acusa o Executivo de realizar eventos e shows no Parque Portugal (Lagoa do Taquaral) e Praça Arautos da Paz fora do horário (22h) e com som acima dos decibéis permitidos por lei. “Temos um decreto feito pelo Executivo, mas a própria administração desobedeceu. Não somos contra eventos, mas queremos ser respeitados”, explicou Madeira.

A falta de fiscalização por parte do Executivo também preocupa o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Campinas, Antonio Carlos Lanaro, que lembrou a criação do Fundo de Apoio ao Turismo de Campinas - que deve arrecadar por ano cerca de R$ 1,8 mi. “Com a criação desse fundo, Campinas se torna uma cidade mais visitada e por consequência com mais bares e restaurantes. Como vamos fazer sem a fiscalização?”, questionou Lanaro.

Durante a reunião, o vereador Artur Orsi (PSDB), relator da CEE, questionou a estrutura que a Prefeitura dispõe para fiscalizar, e informou que em 2008 existiam apenas 11 servidores para todos os tipos de fiscalização no Departamento de Urbanismo. “Não temos leis ruins, mas nosso maior problema é a falta de funcionários para este tipo de função”, disse.

O vereador Tadeu Marcos (PTB) lembrou que o barulho é a maior causa de brigas nos condomínios, e afirmou que é importante diferenciar os problemas levantados pelos moradores. “Uma coisa são os barulhos emitidos pelos bares e outra coisa são as praças públicas. De qualquer forma temos que buscar a razoabilidade em todas as ocasiões e trazer legislações adequadas para a discussão na Câmara”, afirmou.

Diante das reclamações dos moradores, o presidente da CEE do Barulho, vereador Thiago Ferrari (PMDB) defendeu o Executivo, mas afirmou que é preciso rever a legislação. “Tenho certeza que a Prefeitura se preocupa com o bem estar da população, e para auxiliar o Executivo temos que discutir com inteligência e criar leis que saiam do papel”, disse.

Para a próxima reunião (14/04), a CEE vai ouvir a ACIC, Cetesb, Setec e Secretaria Municipal de Urbanismo, onde serão apresentadas as demandas dos moradores aos órgãos que são responsáveis pela fiscalização e controle da poluição sonora na cidade. Também faz parte da Comissão o vereador professor Alberto (DEM).

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Barão Geraldo faz a festa do 'Boi Falô'


O boi falô que é pecado trabalhar na sexta-feira Santa. Fazer festa pode.

A comunidade do Distrito de Barão Geraldo promove nesta sexta-feira da Paixão, 10 de abril, a 14ª edição da tradicional festa folclórica "Boi Falô". A programação será realizada das 9h às 14h, na praça Manoel Siqueira, situada na Rua Jerônimo Páttaro, ao lado da Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende, no Centro.

A festa envolve esforços conjuntos da Subprefeitura de Barão Geraldo, da Secretaria Municipal de Cultura e da comunidade local. Cerca de 80 voluntários participarão da festa este ano.

A exemplo das edições anteriores, empresários do Distrito e região também colaboram nos preparativos da festa, que é muito prestigiada pela população. Aproximadamente seis mil pessoas prestigiaram o evento no ano passado.

O preparo da tradicional macarronada, servida gratuitamente e aguardada com expectativa pelas pessoas que acompanham o evento, será coordenado, como de costume, pelo morador Virgínio Alves Barbutti. A expectativa dos organizadores é que serão servidas 1.400 refeições e refrigerantes, além de camisetas com o emblema da festa. Para o preparo do alimento será utilizada cerca de uma tonelada de macarrão e diversos quilos de outros ingredientes.

Os produtos foram doados pela iniciativa privada, enquanto que vários voluntários participam do preparo da macarronada na cozinha da escola Barão Geraldo de Rezende, e da sua distribuição no local da festa a partir das 12h.

Programação

A festa terá início às 9 horas com a apresentação do grupo TI GUM Perfumado, que desenvolve atividades no Centro de Saúde local. Na sequência, entidades e escolas de Barão Geraldo apresentarão encenações sobre o tema "Boi Falô". Na programação constam também shows de músicas raiz a cargo de duplas sertanejas da região e corais.

O público tem a chance de participar de oficinas de artesanato e às 12h poderá saborear a tradicional macarronada, prato típico da festa, que é preparado por voluntários. A festa será encerrada por volta das 14 horas, com show do grupo Savurú de Benê Morais, ligado à Casa de Cultura da Vila Padre Anchieta.

Lenda

Conta-se que a lenda do "Boi Falô" surgiu no ano de 1888, na fazenda Santa Genebra, de propriedade do Barão Geraldo de Rezende. Um dos escravos que trabalhava nas plantações de cana de açúcar e café foi obrigado pelo capataz a ir ao pasto e atrelar um boi para arar a terra, em uma sexta-feira Santa.

Esse escravo, chamado Toninho, um rapaz franzino e muito obediente, foi então colocar a canga no animal, que estava deitado sob uma frondosa árvore. Por mais que o escravo insistisse, o boi não saia do lugar. Foi ai que o animal olhou para o escravo, deu um mugido alto e disse: “Hoje é dia santo, é dia do Senhor, não é dia de trabalho”.

O escravo saiu correndo para sede da fazenda, gritando: o boi falô, o boi falô! Segundo a lenda, o capataz ainda teria tentado castigar Toninho pela insubordinação, mas ele correu para a Casa Grande a procura do Barão Rezende que, ao ouvir seu relato, teria lhe dado razão e ordenado que ninguém trabalhasse naquele dia.

O escravo passou a trabalhar dentro da casa por muitos anos, até sua morte, e, em consideração aos seus bons serviços, acabou sendo enterrado junto ao túmulo do Barão, no cemitério da Saudade, em Campinas.

A lenda faz parte do folclore do Distrito de Barão Geraldo. O túmulo do escravo Toninho é um dos mais visitados no dia de Finados, principalmente por aquelas pessoas que querem alcançar uma graça.

Contatos: Subprefeito Miguel Tadeu Rodrigues e a funcionária Emília Maria – Tel. 3289.1153

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Serra confirma Fernando Costa para reitor da Unicamp até 2013


O médico Fernando Costa, 58 anos, foi confirmado pelo governador José Serra, na tarde de sexta-feira (3), como o novo reitor da Unicamp para o período 2009-2013. A designação vem publicada na edição do Diário Oficial do Estado deste sábado (4 de abril).

No último dia 31 de março o governador havia recebido lista tríplice elaborada pelo Conselho Universitário (Consu) da Universidade (foto) em que o nome de Fernando Costa aparecia em primeiro lugar, com o voto de 61 dos 67 conselheiros presentes. Sessão do Consu que definiu a lista tríplice: resultado reflete a consulta indicativa para escolha do próximo reitorCompunham ainda a lista a bióloga Gláucia Pastore, que obteve 38 votos no segundo escrutínio, e o historiador Edgar de Decca (48 votos no terceiro escrutínio).

A lista tríplice enviada ao governador reflete, por sua vez, o resultado da consulta indicativa para escolha do próximo reitor realizada nos dias 11 e 12 de março com a participação de professores, funcionários e estudantes nos campi de Campinas, Piracicaba e Limeira. Naquela fase do processo, Fernando Costa conquistou 60,97% dos votos válidos, contra 39,03% obtidos por Gláucia Pastore. Edgar de Decca, companheiro de chapa de Fernando Costa para o cargo de coordenador geral da Universidade, foi indicado para completar a lista.

O próximo reitor será o décimo na linha de sucessão de Zeferino Vaz (1966-1978), fundador da Unicamp e seu primeiro dirigente. Depois dele vieram o médico com especialidade em patologia clinica Plínio Alves de Moraes, o médico ginecologista José Aristodemo Pinotti, o economista Paulo Renato Souza, o linguista e poeta Carlos Vogt, o médico pediatra José Martins Filho, o engenheiro de eletrônica Hermano Tavares, o físico e engenheiro de eletrônica Carlos Henrique de Brito Cruz e o engenheiro de alimentos José Tadeu Jorge, atual reitor.

O novo reitor tomará posse às 19 horas do dia 17, em cerimônia no Centro de Convenções da Unicamp.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Câmeras alertam Autoban e salvam baronense descontrolada na Bandeirantes


Graças a uma equipe da AutoBAn, que foi comunicada da presença de um Ford Ka, dirigido por uma mulher “descontrolada”, as câmeras de monitoramento da Rodovia dos Bandeirantes passaram a “seguir’ a condutora. Os controladores acionaram a Polícia Rodoviária, que realizou um cerco ao veículo.

Durante alguns quilômetros a mulher fazia “ziguezague” e não parava. Os policiais também fizeram um comboio, para evitar que ela batesse em outros veículos.

Segundo a Assessoria de Imprensa da AutoBAn, o fato ocorreu na manhã de quinta-feira. Foram momentos de tensão, até que a mulher bateu o carro contra a mureta de concreto e estacionou na faixa do “Sem Parar” do Km 77, em Vinhedo.

Depois, os médicos da AutoBAn constataram que ela era diabética e não tinha tomado a insulina, sofrendo uma crise. A motorista reside no Barão Geraldo, em Campinas e está bem.

Dez carros são arrombados em arrastão no campus da Unicamp

Depois da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ter anunciado um investimento de R$ 5 milhões em segurança no campus, uma nova onda de furtos varreu o campus na sexta-feira. Dez carros foram arrombados, e seis tiveram objetos do interior levados por bandidos. No primeiro trimestre deste ano foram registrados 84 furtos, contra 37 no mesmo período em 2008.

A forma de agir dos ladrões é sempre a mesma: desativam o alarme através do capô e forçam a porta para entrar. A ação dos criminosos ocorre, na maioria das vezes, em plena luz do dia.

A segurança atual do campus é feita por 80 servidores públicos e 250 funcionários de uma empresa terceirizada.

Em nota divulgada pela assessoria de impressa, a Unicamp informou que tem se preocupado com a incidência das ocorrências e tem tomado medidas para aprimorar a segurança no campus, como um aumento recente nas rondas. O controle de entrada e saída de veículos, nas quatro portarias que permitem acesso ao interior do campus, está com sistema de cadastros e cartão de identificação, informou a nota.

A Unicamp também está preparando um edital para contratação e instalação de 240 câmeras, que farão o monitoramento de todo o campus, além de auxiliar o controle de acesso, registrando imagens de veículos e dos seus condutores.

domingo, 29 de março de 2009

Agentes fazem arrastão contra a dengue em repúblicas de Barão Geraldo


Agentes da Secretaria de Saúde e da Unicamp realizaram na manhã deste sábado (28) um arrastão contra a dengue no bairro Cidade Universitária, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A principal preocupação na região são as repúblicas, pois é difícil encontrar os estudantes em casa e a época propícia para larvas coincide com o período de volta às aulas.

Além da dificuldade em identificar os criadouros, a época pós-chuva é ideal para a proliferação das larvas do mosquito. A visita porta a porta é a melhor opção para se combater a doença, segundo os funcionários que realizaram o arrastão.

De acordo com o biólogo da Visa Norte, Ovando Provatti, biólogo da Visa Norte, o bairro detém um nível preocupante de transmissão da doença, já que o número de casas fechadas é bastante significativo. "Devido ao grande número de estudantes e de pessoas que trabalham fora, muitas casas do bairro acabam ficando fechadas (cerca de 65%) ao longo da semana, impossibilitando o nosso trabalho", explicou o biólogo. Provatti ressalta ainda, que mesmo nas casas onde há empregadas é difícil a entrada dos técnicos. "Na maioria das vezes, essa profissional recebe orientações dos patrões para que não deixem ninguém entrar", completou.

Outro fator de transmissão é a grande circulação de pessoas no bairro, entre elas os universitários, que vêm de diversas cidades e podem estar contaminados, o que aumenta o índice de casos importados.

"O bairro sofre com o grande número de mosquitos e criadouros, além disso, existe um agravante que é o fato de que as pessoas contaminadas utilizam a rede particular para se tratar, dificultando um controle nosso sobre dados mais precisos da doença", disse Provatti.

O índice de casos de dengue em Campinas em 2009 ainda é considerado baixo. Até o momento, 45 pessoas contraíram a doença. Em 2008, o número chegou a 259. Já em 2007, quando houve uma epidemia, foram 9.208 casos confirmados.*