terça-feira, 22 de junho de 2010

Atores-mirins encenam no LUME obra de Guimarães Rosa

Nesta sexta-feira, dia 25/6, às 20h, o Ponto de Cultura LUME recebe um grupo formado por atores-mirins – Núcleo de Vivência Teatral –, da cidade de Iracemápolis, atuando como gente grande na adaptação para o teatro de "A Hora e Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa! Depois de se aventurar pelas páginas de Machado de Assis, L. Frank Baum e William Shakespeare, chegou a vez dos pequenos atores do Núcleo de Vivência Teatral abrirem as porteiras do sertão e mergulharem fundo no universo de Guimarães Rosa.
O grupo de atores-mirins dirigido por Daniel Martins tem chamado a atenção nos últimos anos pela proposta ousada de realizar adaptações de grandes clássicos da literatura com crianças e adolescentes.

Nunca se viu o sertão rosiano retratado com tanta responsabilidade sobre os palcos. A atuação das crianças é assombrosa! Um dos grandes momentos do teatro brasileiro em 2009!

SERVIÇO:

Dia 25/6 (sexta-feira), 20h
A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA – Núcleo de Vivência Teatral     Temporada 2010
Ponto de Cultura LUME Teatro (Rua Carlos Diniz Leitão, 150, Vila Santa Isabel, Barão Geraldo, 3289-9869)
Classificação etária: 9 anos
Duração: 90 minutos
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00
Informações: (19) 3289-9869 (LUME Teatro)

A Prefeitura não quer debater a Lei, quer impor mudanças


A cidade de Campinas foi dividida (2006) em 9 macrozonas -MZ* e cada uma delas deve seguir um Plano de Gestão Urbana - PGU.

PGU? Por que devemos nos importar com ele?

O Plano de Gestão é o instrumento que define as regras para a ocupação do território, o zoneamento e, dessa maneira, orienta o crescimento da cidade; o tipo de ocupação dos espaços públicos e privados; onde poderá ocorrer o adensamento populacional e até que ponto este será permitido; se haverá ou não a verticalização; quais as áreas verdes que deverão ser preservadas, entre outros aspectos muito importantes que afetam o cotidiano dos habitantes.

No distrito de Barão Geraldo o planejamento, ocupação e crescimento são definidos pelo Plano Local de Gestão Urbana - PLGU BG - Lei 9.199 de 1996** que foi elaborado com ampla participação da comunidade. Mas infelizmente o que de fato aconteceu no distrito desde então foi o descumprimento do PLGU, agravando progressivamente os problemas que já existiam em 1996 e que até hoje não foram sanados pelo poder público municipal, como o trânsito, as construções irregulares, entre outras mazelas locais. A negligência com o PLGU estimulou o aparecimento de novos problemas como as grandes enchentes, o aumento populacional que gerou sobrecarga em todas as áreas vitais do distrito, além da maior vulnerabilidade das áreas verdes restantes, entre elas a Mata de Santa Genebra.

Neste momento, novamente discutiremos o futuro de Barão Geraldo. É hora de decidirmos o tipo de lugar no qual queremos viver, decidirmos em qual cidade desejamos morar, criar nossos filhos, trabalhar etc. É a hora de conhecermos e deliberarmos sobre os novos empreendimentos anunciados pela atual prefeitura que afetam diretamente o futuro de Barão Geraldo: Parque Ciatec II e Ceasa, entre outros. Quantos novos moradores virão para cá? E para onde irá o lixo uma vez que o Delta está saturado? Como a Mata de Santa Genebra sobreviverá ao adensamento populacional em seu entorno?

O futuro de Barão Geraldo, de Campinas e Região é responsabilidade de todos nós!

Por isso várias entidades estão mobilizadas para que a população participe, opine, comparecendo massivamente às reuniões!

Atenção ao calendário! Programe-se:
CRONOGRAMA DA SEPLAN
23 de junho (quarta-feira) – às 19h
Salão Paroquial Santa Isabel
Rua Ângelo Vicentin, 601
Bairros: Centro e Vila Isabel

24 de junho (quinta-feira) – às 19h
Associação PROBAIRRO
Rua Márcia Mendes, 702 - Cidade Universitária, parte II
Bairros: Cidade Universitária e Guará

28 de junho (segunda-feira) – às 19h
Fundação José Pedro de Oliveira (Mata de Santa Genebra)
Rua Mata Atlântica, 447 - Bosque de Barão
Bairro: Real Parque

AMOC
Associação dos Moradores e/ou Proprietários de Residências Unifamiliares da Cidade Universitária Campineira

Comentário
Dalmace Capell Neto disse...


Do lado de cá do rio Atibaia (Valinhos), estamos com o mesmo problema com as autoridades. O prefeito querer transformar a Serra dos Cocais em área urbana. Veja mais detalhes no www.serradoscocais.blogspot.com

abraços

24 de junho de 2010 07:57

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Grupo Primavera celebra 30 anos com espetáculo de teatro e dança em defesa ao Meio Ambiente

Montagem levará  107 meninas ao palco do Centro de Convivência em Campinas nesta sexta-feira, dia 25 de junho, às 19h; adaptação literária “O Caso dos Pirilampos” valoriza figuras folclóricas brasileiras para falar de preservação da natureza e amizade 

O Grupo Primavera leva ao palco do Centro de Convivência de Campinas 107 alunas para apresentar um espetáculo de teatro, dança e música que celebrará os 30 anos da organização-não governamental e defenderá a preservação da natureza. A peça “O Caso dos Pirilampos” será encenada nesta sexta-feira, dia 25 de junho, às 19h, no Centro de Convivência Cultural em Campinas. Os ingressos devem ser adquiridos, gratuitamente, por telefone, com o Grupo Primavera. O espetáculo marca a Florada 2010, evento anual do Grupo Primavera. O tema da peça é a responsabilidade com o planeta Terra e o Meio Ambiente. 

O espetáculo integra o projeto Arte Teatral do Grupo Primavera e conta com apoio da Lei Rouanet. A narrativa folclórica é uma adaptação teatral da obra literária infanto-juvenil de Stella Leonardos. “O objetivo é resgatar a cultura folclórica e chamar a atenção das pessoas para o cuidado com o meio ambiente, a preservação das florestas, dos animais e a consciência com o gasto excessivo da água e com o consumo de energia”, explica Sandra Zuliani, diretora artística do Grupo Primavera.

De acordo com Sandra, responsável pela adaptação teatral, a peça fala de amizade.

Iara, a rainha das águas cantantes, num belo dia resolve se casar. Alguns pretendentes se apresentam, mas ela se apaixona pelo Sol. E ele se sente honrado. Toda a floresta se enfeita para o casamento deles, mas o que ninguém espera é que o danado do Saci-Pererê, interessado em Iara, resolve aprontar uma de suas traquinagens pondo quase tudo a perder. E é com a ajuda de seus amigos que Iara se livra dessa armadilha e se casa com o Sol. O Saci ganha uma chance de se desculpar e com a ajuda dos Pirilampos encontra a linda Caipora e se casa com ela. O Bem-te-vi aparece como o guardião da floresta e os pirilampos (vaga-lumes) como os narradores. A peça tem 1 hora e 05 minutos de duração.

30 anos
O Grupo Primavera comemora seus 30 anos de existência em 2010. A organização não-governamental atende mais de 480 adolescentes da região do São Marcos, periferia de Campinas. Com o foco na construção das Mulheres do Amanhã, a instituição realiza programas educacionais e culturais que desenvolvem valores humanos e o potencial criativo de jovens, principalmente de meninas, que transformam suas vidas e passam a ter um futuro com mais oportunidades.


Serviço:
Teatro
Florada do Grupo Primavera - O Caso dos Pirilampos
Data: sexta, 25 de junho.
Horário: 19 horas.
Onde: Centro de Convivência Cultural
Endereço: Praça Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí – Campinas/SP
Ingressos: somente pelo telefone 3246-0021 (Grupo Primavera), com Bruna

Estação Guanabara recebe III Dia da Integração e Cidadania da Unicamp


Universidade oferece no dia 26 de junho, serviços e atrações culturais gratuitas para a comunidade
 O Grupo Gestor de Benefícios Sociais da Unicamp realiza no dia 26 de junho (sábado), a partir das 9h, na Estação Guanabara, a terceira edição do Dia da Integração e Cidadania. Esse é o momento de reunir a família para participar de atividades e serviços gratuitos (confira lista abaixo).

O principal objetivo do evento é oferecer, por meio de parcerias, atividades relacionadas à saúde, bem-estar e qualidade de vida, como um momento de integração entre funcionários, familiares e a comunidade campineira.


Além dos serviços, o Dia da Cidadania terá apresentações culturais, corte de cabelo e atividades de recreação para as crianças, como balão pula-pula.


O Grupo Bate-Lata já está com presença confirmada. Com instrumentos feitos a partir de sucata, canos de PVC e latas, o som do grupo inclui samba de roda, maracatu, funk, rap, reggae e MPB. Outra atração é a banda Os Robertones, que apresenta canções de Roberto Carlos em diferentes ritmos e com roupagem diferente; além da Cia Eclipse de Dança, que fará demonstrações de Street Dance.


A Oficina de Pipas Olivieri, apresentada no III Simtec - Simpósio de Profissionais da Unicamp, também fará parte do evento.


Edison Cardoso Lins, coordenador do Grupo Gestor, ressalta que a troca de serviços beneficiará tanto a comunidade universitária quanto a externa. “É uma grande parceria entre a Unicamp e a sociedade que abre espaço, ainda em dimensão inicial, para o desenvolvimento e a prática do voluntariado, compreendido na concepção da Organização das Nações Unidas (ONU)”.


Confira os serviços oferecidos durante o Dia da Cidadania:


Poupatempo: oferecerá a emissão da 1ª via do RG para menores de 16 anos e Carteira de Trabalho

OAB – Ordem dos advogados do Brasil: irá disponibilizar profissionais que farão orientação jurídica gratuita aos interessados
SESI: participação do Programa Alimente-se Bem, Oficinas de Artesanato, Argila e Jogos Recreativos (dama, xadrez, dominó)
Hemocentro/Unicamp: orientação sobre doação de sangue
Cecom/Unicamp: realizará a Feira de Saúde, onde profissionais da área irão atender e orientar sobre a prevenção de algumas doenças, teste para medir taxas de glicemia, acuidade visual, orientação sobre saúde bucal, etc.
CAISM/Unicamp: a equipe de profissionais irá orientar sobre pré-natal para adolescentes, auto-exame de mamas, entre outros
FEF – Faculdade de Educação Física/Unicamp: irá proporcionar aos participantes atividades de esportes e lazer demonstrando, de forma lúdica, os benefícios da atividade física

Informações:

Dia: 26/06/2010 – Sábado
Horário: 9h às 16h30
Local: Estação Guanabara – Rua Mário Siqueira, 829 – Jd. Guanabara (em frente à Praça Mauá e Unimed)
Público alvo: Aberto a comunidade
Investimento: Gratuito

domingo, 20 de junho de 2010

Carta Aberta aos Habitantes do Brasil – Em Defesa da Integridade da Legislação Ambiental Brasileira


Senhores e Senhoras membros do Congresso Nacional do Brasil,

O Relatório apresentado à Comissão Especial do Congresso Nacional sobre o Código Florestal na quarta-feira, dia 9 de junho, pelo Deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) apresenta propostas de mudanças na legislação que ultrapassam - e muito - os limites dos temas que deveriam ser objeto de análise por parte desta Comissão e colocam em risco não apenas os ambientes naturais do País, mas também os princípios e institutos que norteiam a moderna legislação brasileira.

Foi o Código Florestal Brasileiro que consolidou, em 1965, o princípio de que as florestas são bens de interesse comum e que o direito à propriedade se submete a este interesse. Esse princípio permeia toda a legislação ambiental brasileira e encontra abrigo no artigo 225 da Constituição Brasileira que estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo.” Ainda mais, impõe ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Os ambientes naturais são bens de interesse comum porque asseguram a sociedade como um todo o que é essencial para que os seres vivos, inclusive os seres humanos, continuarem vivos, como disponibilidade de água potável, ar purificado e purificável, nutrientes do solo para produção de alimentos, controle de pragas e doenças, equilíbrio do clima, decomposição de dejetos industriais e agrícolas, polinização.

Vale notar que muitos desses bens essenciais dizem respeito exatamente à produção agrícola que o Relatório aponta como prejudicada pelas limitações estabelecidas pelo Código Florestal. Ao contrário, asseguram a produção de alimentos.

A legislação ambiental brasileira reconhece os bens ambientais e suas funções e protege sua integridade como direito de toda a sociedade. Um “bem ambiental” está acima das categorias “bem público” ou de “bem privado”. A necessidade de preservar a integridade dos ambientes naturais para as presentes e futuras gerações justifica os limites estabelecidos por lei para sua exploração. Por isso, o Código Florestal, já em 1965, introduziu os institutos de Reserva Legal (RL) e de Áreas de Preservação Permanente (APPs), inexistentes em muitos outros países, para assegurar que o País possa manter a integridade dos serviços ecológicos essenciais tanto para a obtenção de bens e insumos necessários à sobrevivência humana por meio de atividades agropecuárias, industriais e outras que se realizam de forma sustentável, por um lado, e que permitam a todos zelar pelo patrimônio ambiental do País como um legado para as futuras gerações.

Isso permite concluir que o real propósito do Relatório e das mudanças propostas estão voltados a outros interesses, centrados da absoluta desregulamentação do setor agrícola – leia-se médios e grandes proprietários - que passará a ser beneficiado com anistia para quem não cumpriu a lei, redução em até 50% das áreas consideradas de importância para o interesse público que devem ser permanentemente preservadas, desmatamentos legalizados em áreas até então parte do sistema de proteção instituído pelo Código Florestal, entre tantos outros privilégios individuais.

A proposta apresentada pelo Relatório vai além de ampliar as oportunidades de continuar devastando os ambientes naturais do País. Distorce completamente os propósitos e funções de APPs e RL. Convalida ações de degradação ambiental já ocorridas, e enfraquece instrumentos de prevenção ou de penalização de eventuais futuras ações de destruição indevida do patrimônio ambiental. Desmantela o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e o sistema federativo ao atribuir a Estados e Municípios o poder de estabelecer critérios próprios para o cumprimento da lei.

Resumindo, em tempos de eventos extremos provocados pelas mudanças climáticas globais e que já afetam o Brasil, especialmente comunidades mais vulneráveis nas cidades e no campo, a proposta faz o País regredir, não só na proteção aos ambientes naturais essenciais ao equilíbrio do clima, mas também em aspectos relacionados às conquistas da sociedade na legislação que protege o interesse comum. O Brasil, País soberano, precisa cuidar de seu patrimônio ambiental com sustentabilidade e seriedade, para poder exercer a responsabilidade que lhe cabe, em função das nossas características ambientais, econômicas, sociais e culturais, junto à comunidade internacional. Em 2012, o Brasil sediará a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que abordará o progresso ou o fracasso dos países no cumprimento dos compromissos da Cúpula da Terra, a Rio-92, quando a Agenda 21 e as convenções internacionais sobre mudança de clima e sobre proteção, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade foram assinados. Esperamos que o Relatório apresentado não se configure em ações oportunistas de alguns parlamentares, e que interesses de setores específicos coloquem o Brasil na contra-mão da história global da sustentabilidade.

Aprovar esse Relatório e concordar em votar as propostas que contém é apostar no caos!

É permitir que - em pleno Ano Internacional da Biodiversidade -, o Brasil, considerado o maior dentre os países megadiversos do planeta, descumpra metas assumidas na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), colocando em risco a riqueza de seus biomas e contribuindo para aumentar o grau de ameaça de extinção das espécies de sua fauna e flora. É condenar ao insucesso os compromissos internacionais assumidos pelo Governo Brasileiro quanto à redução das emissões de gases de efeito estufa e as metas de diminuição do desmatamento até 2020.

É transformar os produtores de alimentos em dependentes da agroquímica e os consumidores em vítimas, porque pagarão mais por produtos que não serão “sadios e ecologicamente equilibrados”.

É propiciar a desigualdade de tratamento da questão ambiental em cada Estado ou Município, a partir do desmantelamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente.

É transformar toda a sociedade em refém dos interesses de um segmento que ainda segue o modelo agrário-exportador.

É penalizar os cofres públicos – e, portanto toda a sociedade, sobretudo aqueles que mais necessitam dos serviços públicos - pelo custo da reparação dos danos causados pela falta de cuidados com os bens ambientais.

As organizações que assinam essa carta possuem como missão defender o interesse público em todas as dimensões e consideram que assunto de tal gravidade deve ser submetido à ampla discussão com toda a sociedade, incluindo os mais de 80% do povo brasileiro que vive nas cidades e sofrerá impactos diretos causados pelas medidas propostas.

Comprometidos com nossa missão, pedimos aos senhores e senhoras congressistas que avaliem muito bem as consequências das propostas apresentadas neste Relatório.

Comprometidos com o interesse comum do povo brasileiro, iremos levar a toda a sociedade as informações sobre esse debate e divulgar a posição de todos os parlamentares sobre a questão.

Colocamo-nos à inteira disposição para comprovar cada uma das afirmações que fazemos nessa carta.


14 de Junho de 2010.
 
Signatários

REDES:

FBOMS – Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
GTA – Grupo de Trabalho Amazônico
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
RBJA – Rede Brasileira de Justiça Ambiental
RMA – Rede de ONGs da Mata Atlântica
Rede Pantanal


ORGANIZAÇÕES:

Apremavi – Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida
Aliança RECOs – Redes de Cooperação Comunitárias Sem Fronteiras
AMDA – Associação Mineira de Defesa do Ambiente
APAN – Associação Paraibana dos Amigos da Natureza
Associação Flora Brasil
Associação Pé de Planta
Associação Protetora da Diversidade das Espécies
Centro de Referência do Movimento da Cidadania pelas Águas, Florestas e Montanhas Iguassu
Fuconams – Associação Francisco Anselmo para Conservação da Natureza
Fundação SOS Mata Atlântica
GAMBÁ – Grupo Ambientalista da Bahia
INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos
IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas
Iterei – Refúgio Particular de Animais Nativos
Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais
OPTA – Organização Patrimonial, Turística e Ambiental
Organização Ambientalista Amainan Brasil
Organização Bio-Bras
Projeto BECE – Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais
SOS Mata Santa Genebra
SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental
Terrae Organização da Sociedade Civil
Vitae Civilis - Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz
WWF Brasil

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Protestos marcam reunião da Macrozona 2

A audiência pública realizada na escola estadual do Village para discutir a revisão do Plano de Gestão da Macrozona 2 (que abrange Vale das Garças, Village, Bosque das Palmeiras e Bananal) foi marcada por protestos de ambientalistas contra a falta de informações detalhadas sobre os projetos, que pretendem ampliar a ocupação urbana e as vias de acesso na região.

Os bairros são predominantemente rurais e terão uma grande faixa de loteamentos residenciais ao lado da Rodovia Ademar Pereira de Barros (Campinas-Mogi Mirim). Por outros lado pretende-se ampliar as Áreas de Proteção Permanente (APPs) nas margens do rio Atibaia, na divisa com Jaguariúna, criando 88 km2 de área natural e preservando a Mata Oncinha, 3º maior fragmento florestal em Campinas.

A reunião coordenada pelos secretários de Planejamento, Alair Roberto Godoy, e do Meio Ambiente, Paulo Sérgio Garcia, contou com a presença de apenas 25 pessoas representantes de bairros e entidades de Barão Geraldo. Foi anunciada a criação da ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) Várzea Atibaia, a exemplo da proteção da Mata Santa Genebra, que prevê a remoção e transferência das famílias em áreas de risco do Piracambaia, Mariângela, Chácaras Leandro e Vale das Garças e a criação de um eixo de urbanização ao longo da rodovia.

O representante da Associação do Vale das Garças e do Condema,Victor Petrucci, e a vice presidente da Associação dos Moradores da Cidade Universitária (Amoc), Neusa Gonçalves, foram as vozes discordantes da proposta. Com um sonoro “não” Petrucci protestou: "Enquanto cidadão digo NÃO a esse achaque que é feito em nome dos empreendedores e da especulação imobiliária." Neusa reclamou da falta de transparência:”Porquê os planos não estão disponíveis para consulta popular,para que tenhamos base para discutir?”, questionou.

O secretário Alair explicou que os projetos estarão disponíveis ao final das audiências públicas que estão ocorrendo em toda a cidade.