quarta-feira, 30 de setembro de 2009

4ª Mostra Internacional de Vinhos acontece neste sábado em Campinas


  

Evento único do setor na região mostra novidades, que serão apreciadas por consumidores, lojistas e profissionais de restaurantes, no sábado, dia 3 de outubro, no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas, das 14 às 20h.

A 4ª. Mostra Internacional de Vinhos - Campinas (MIV-Campinas), um dos principais eventos do circuito enogastronômico de Campinas/SP e região, acontecerá no dia 3 de outubro, no Royal Palm Plaza Resort Campinas. As principais importadoras de vinhos e vinícolas nacionais apresentarão grandes rótulos e mais de 200 vinhos para degustação, com muitas novidades. Sucesso de público desde sua primeira edição, em 2006, o evento reuniu, no ano passado, mais de 600 participantes ligados a lojas de vinhos, restaurantes, bares e pessoas que se interessam por vinhos.

A taxa de inscrição, de R$ 50,00 para homens e R$ 35,00 para mulheres, inclui uma taça de degustação com a qual é possível provar todos os vinhos expostos. Durante o evento haverá um buffet de comidinhas no foyer do hotel. “Temos grandes marcas dos mais diversos países a serem degustadas e comparadas num único local. Além disso, a MIV-Campinas é uma importante fonte de negócios do setor", diz Midory Vianna, organizadora da Mostra.

O evento deste ano contará com seis palestras, com 40 minutos de duração cada, a partir de 16 horas, sobre diferentes temas ligados ao mundo do vinho. Para participar, o interessado deverá se inscrever pelo site www.mivcampinas.com.br e pagar R$ 15,00 mais taxa de conveniência por palestra.

PALESTRAS (vagas limitadas):

1. Iniciação à Degustação de Vinhos – com Francisco Soares, engenheiro, enófilo, sócio-fundador e ex diretor da ABS-Campinas, professor do curso de formação de sommelier e outros cursos.

2. Slow Food – prazer e alimentação com consciência e responsabilidade – com Mário Firmino, consultor de marketing e co-fundador do Convivium Campinas do Slowfood – haverá degustação de vinhos.

3. Noções de Harmonização Enogastronômica – com Bruno Vianna, engenheiro, consultor de vinhos, fundador e presidente da ABS-Campinas, professor do curso de formação de sommelier e outros cursos.

4. Vinho e Saúde – com Dr. Miguel Hatsumura, médico e diretor de degustação da ABS-Campinas.

5. Azeite: Longevidade, Esta é a Nossa Receita – com Marco Antônio Guimarães, engenheiro, proprietário da Dolivino, passou mais de um ano na Europa e África estudando azeites de oliva.

6. Novo Mundo x Velho Mundo – as diferenças e as tendências – com Dr. Arthur Azevedo, médico, ex-presidente da ABS-SP, professor do curso de formação de sommelier e outros cursos. Consultor de vinhos e sócio editor da revista Wine Style.

Evento: 4ª Mostra Internacional de Vinhos - Campinas

Quando: 3 de outubro (sábado), das 14h às 20h

Onde: The Royal Palm Plaza Resort Campinas - Av. Royal Palm Plaza, nº 277 - Jd Nova Califórnia – Campinas/SP

Ingressos: Compra diretamente pelo web site ou nas principais lojas de vinhos de Campinas.

Informações: www. mivcampinas.com.br

mivcampinas@terra.com.br ou leticia@premissa.com

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Para professor da Unicamp, vivemos em uma organização social falida


 Especialista alerta para exploração indiscriminada de recursos naturais que reduz as possibilidade de felicidade no mundo contemporâneo

Apesar de todos os alertas e evidências de que o atual modelo de produção e consumo mundial  conduz a humanidade a uma grande mudança ambiental e prejudica sensivelmente a qualidade de vida desta e das próximas gerações, nada indica que o curso traçado pelo capitalismo selvagem possa dar a guinada necessária para interromper ou mesmo reduzir o ritmo de devastação do meio ambiente e da saúde da população mundial.

 Mesmo assim o professor Mohamed Habib, do Instituto de Biologia e Pró reitor de Assuntos Comunitários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), insiste em demonstrar, de maneira didática e criativa, como as pessoas estão se distanciando da felicidade ao adotarem a riqueza material como parâmetro de sucesso pessoal e profissional. “A saúde e qualidade de vida são determinados por fatores ambientais físicos, químicos, biológicos e sociais. A saúde ambiental é a base para o desenvolvimento sustentável. Os debates suscitam uma capacidade maior para aproveitamento dos recursos naturais sem agredir o meio ambiente, seguindo quatro posturas básicas: avaliação, correção,controle e prevenção”, ensina o professor.

Habib destaca ainda que os jovens atualmente possuem mais acesso à tecnologia e conhecimento, e isto também tem um lado positivo e um negativo. “As doenças ocupacionais hoje são diferentes, e só são reconhecidas como doenças ocupacionais, como LER (lesão por esforço repetitivo) e DORT (doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) quando a Medicina descobre a causa no aumento de casos”, exemplifica.

Nos aspectos positivos estão o maior acesso ao conhecimento e descobertas da Medicina, mas os mesmos instrumentos que os viabilizam resultam em lixo tóxico com metal pesado dos computadores e máquinas de diagnóstico. “Os Estados Unidos mandam o lixo eletrônico para a Nigéria e a Europa para o Quênia. Um ministro europeu justificou a medida com o seguinte argumento: os produtos causam câncer, mas só se manifesta depois de 48 anos e a expectativa de vida no Quênia é de 37 anos”, contou o professor, para espanto da platéia.

PIB e FIB


As riquezas dos países se traduzem pelo PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma calculada do que é produzido em um país dividida pela população. Há três anos, quando o rei do Butão, considerado o país mais pobre do mundo em relação ao PIB, foi questionado na ONU sobre a situação de seu povo, respondeu: “Nós temos o menor PIB, mas a maior FIB do mundo.” Atônita, a platéia quis saber o que era o FIB. “Felicidade Interna Bruta”, respondeu o rei.

“Desde então os países passaram a trabalhar com outros índices de qualidade de vida, que se traduzem em felicidade, como indicadores sociais, afetivos, solidariedade, confiança e prazer”, exemplificou Habib. Segundo ele, no Butão não se conhece o que é stress, depressão ou LER/DORT, porque a sociedade vive de maneira primitiva e valoriza as relações sociais, pessoais, a família, a religião, a natureza e a vida simples. O Reino do Butão fica entre a China e a Índia, próximo do Tibet.

O professor Habib apresentou ainda outros fatores do mundo contemporâneo que degradam a qualidade de vida: 80% da humanidade vive em cidades, em áreas urbanas sem verde, ambiente de altos riscos sociais e ambientais; duas crianças morrem por minuto no mundo vítimas da malária; existem milhões de refugiados ambientais em acampamentos por causa da desertificação; 1% dos brasileiros consomem 53% das riquezas do país e 10% não possuem nada, relação que gera a violência social, doméstica, contra mulheres e crianças, e o consumo de drogas.

“Vivemos numa organização social falida. Fui assaltado há alguns anos por um garoto e disse-lhe que ia entregar meu dinheiro, mas antes queria fazer uma pergunta. Ele concordou e eu perguntei se ele não tinha medo da polícia ou de ser preso. Ele disse que não, que se fosse preso teria uma cama, chuveiro quente, roupa limpa e três refeições por dia, conforto que ele não tem na rua”, contou. O professor lembra que em 1971 o Brasil foi participar de uma reunião em Estocolmo e disse aos países ricos: 'Queremos as chaminés de vocês'. O resultado foi Cubatão, que por muitos anos figurou como a cidade mais poluída do mundo.

“O habitat do homem é o espelho de seu desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável depende de fatores multidimensionais, com princípios ecológicos, econômicos, culturais, políticos, e éticos, mas para que se promova mudanças é necessária a participação de toda a sociedade”, finaliza.

Sobre o professor

Mohamed Habib, 63 anos, graduou-se na Universidade de Alexandria, Egito, em 1964, onde também obteve mestrado na área de controle biológico. Foi pesquisador no National Research Center de 1965 a 1971. Iniciou carreira na Unicamp em 1972, doutorando-se em 1976 e  chegou a professor titular em 1986. Publicou mais de duas centenas de trabalhos em periódicos de circulação internacional e em anais de congressos. Orientou mais de 40 teses.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

GlobalTech é novo empreendimento corporativo no Polo II da Ciatec


   
Ciatec recebe prédios para empresas de cunho tecnológico e projetos built to suit


Com duas empresas já instaladas - HP e Venturus - Centro de Inovação Tecnológica -, o GlobalTech é o novo empreendimento corporativo localizado no Polo II de Alta Tecnologia de Campinas – Ciatec, que será apresentado ao público em evento neste dia 30 de setembro, às 19h. Além do prédio existente, onde estão instaladas as duas empresas, o empreendimento conta com aproximadamente 130 mil m² de terreno, dos quais 13 mil m² já construídos, para futuras instalações através de projetos built to suit (imóveis sob medida para locação).

O GlobalTech é uma realização da Cariba, incorporadora com 35 anos de atividades em Campinas, no Nordeste do Brasil e no exterior, e da São Carlos, uma das maiores empresas de investimento e administração de imóveis no país.

O prédio existente, com estrutura moderna e arquitetura arrojada, possui infraestrutura com salas de reunião modulares, recepção centralizada, cafeteria e restaurante com capacidade para servir mais de mil refeições diárias. Nos projetos built to suit, a empresa prepara um briefing com todas as necessidades e a equipe do GlobalTech desenvolve um projeto sob medida. O empreendimento também oferece alternativas para prédios exclusivos, com áreas privativas de locação de 5.300 m2 até 7.700 m2 e opções com lajes de até 2.500 m².

“É uma oportunidade para companhias que buscam uma solução corporativa mais sofisticada, com custo de locação atraente. Para empresas de base tecnológica, há redução de impostos como ISS, IPTU e ITBI”, explica Rubens Cardoso, diretor da São Carlos. O tratamento fiscal diferenciado é oferecido pela Prefeitura de Campinas para empresas que se instalam no Polo de Tecnologia e com atividades nas áreas de informática, biotecnologia, química, pesquisa e desenvolvimento, eletrônica, mecânica e de telecomunicações, ou empresas que concentrem atividades em produtos e serviços tecnologicamente inovadores.

Outra vantagem é a proximidade com os principais centros de excelência universitária - Unicamp, PUC-Campinas e Facamp – formadores da mão-de-obra especializada fundamental para a operação das empresas de tecnologia. Está previsto para breve um acesso direto ao local da rodovia D. Pedro I, saindo do Parque D. Pedro Shopping, dentro das novas diretrizes que a Prefeitura de Campinas estabeleceu para o Pólo II da Ciatec.

O sistema de segurança do empreendimento inclui câmeras de alta definição, além de sensores de presença em todo o perímetro. Uma central autônoma com célula de segurança isolada detém as informações e o controle de todos os sistemas. Empresas ocupantes operam com sistemas avançados de comunicação através de fibra ótica e links de dados. Paisagismo e arquitetura referenciados nos empreendimentos corporativos europeus e americanos.

“O Globaltech possui condições únicas dentro do Polo II - Ciatec. Alem de todas as características já citadas, trata-se de um empreendimento já operando e que possui amplas áreas para novas edificações a serem aprovadas e construídas num prazo extremamente curto. Para empresas que necessitam imediatamente de novas instalações, é um diferencial de valor”, completa Rui Scaranari, diretor de operações da Cariba.

Empreendedores

A São Carlos atua em todo o Brasil no investimento em novos imóveis comerciais, no retrofit de instalações de alto potencial de valorização, na otimização da administração condominial e na incorporação de novos imóveis. Já a Cariba desenvolve incorporações imobiliárias destinadas ao universo corporativo, sendo que possui em Campinas um de seus principais empreendimentos: o Complexo Galleria, conjunto de empreendimentos considerado pelo mercado como um dos mais desejados endereços empresariais da região.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Caso Shell opõe Ministério Público do Trabalho e Unicamp



Confrontos em notas oficias abalam credibilidade das instituições em Campinas

A procuradora do Trabalho Márcia Kamei López Aliaga encaminhou ofício ao procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, solicitando que o Ministério Público do Estado investigue convênios firmados entre a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e as empresas Shell Brasil S/A, Basf S/A e Kraton para a produção de laudos referentes à contaminação ambiental ocorrida no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.

A Procuradoria suspeita que a Unicamp defendeu interesses privados da Shell e não os da população da área e dos trabalhadores da multinacional na contaminação que ficou conhecida como “Caso Shell”.

A Procuradoria-Geral da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou uma nota oficial onde contesta a procuradora do Ministério Público do Trabalho. Os professores Ângelo Zanaga Trapé, do Ambulatório de Toxicologia, Wilson de Figueiredo Jardim, do Instituto de Química (IQ), e Flávio Ailto Duque Zambrone, que foi professor da Unicamp na área de saúde ambiental até 2007, foram mencionados por terem prestado serviços à Shell em estudos sobre a área contaminada em Paulína.

“A celebração de convênios e contratos entre a Unicamp e instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, segue rigorosa avaliação acadêmica e administrativa, que tramita por seis instâncias colegiadas, culminando na aprovação pelo Conselho Universitário, que analisa também o relatório final”, relatou a nota oficial, que prosseguiu: “A Unicamp estranha que o Ministério Público do Trabalho (MPT) venha a público para emitir juízo de valor sobre as regras estatutárias da instituição, matéria para a qual não tem atribuição legal e aparente interesse jurídico”, esclarece a nota.

De acordo com o ofício elaborado pela procuradora do MPT (Ministério Público do Trabalho), a análise do teor desses convênios e dos resultados dos laudos produzidos pela Unicamp mostram que existiriam “fortes indícios de que a universidade poderia ter ferido princípios éticos e legais da administração pública”, ao contestar o resultado de avaliações feitas pela Secretaria de Saúde de Paulínia, baseadas em princípios do SUS (Sistema Único de Saúde), que apontaram a contaminação dos moradores do bairro por produtos tóxicos provenientes dessas empresas e que teriam contaminado a água consumida naquela região.

O professor Ângelo Trapé afirma na nota oficial que não emitiu parecer na qualidade de assistente técnico do Ministério Público no inquérito civil que trata do Caso Shell porque se afastou dessa função antes da emissão do documento.

Segundo Márcia, os laudos produzidos pela Unicamp atenderiam a interesses privados das empresas, questionando até o relatório de avaliação do impacto na saúde dos moradores do Recanto dos Pássaros, elaborado pelos médicos Igor Vassilieff e Cláudia Regina Guerreiro, a pedido da Prefeitura de Paulínia, e que serviu como base para ação civil pública do Ministério Público de Paulínia contra a Shell.

Em nota, a Shell ressaltou que “sempre conduziu suas atividades com base em políticas estruturais que norteiam uma gestão ética e responsável em todos os níveis de relacionamento”.

Por meio da assessoria de imprensa da Planitox, o médico Flávio Zambrone afirmou que desconhece supostas suspeitas de autoria do Ministério Público do Trabalho a respeito de sua conduta profissional. Até o momento, nenhuma autoridade pública o interpelou sobre o assunto.

Diante da nota da Unicamp que contesta a postura da procuradora Márcia Kamei López Aliaga, a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região rebateu a contestação afirmando que tem plena ciência de suas atribuições constitucionais e legais, assim como aquelas pertinentes aos demais ramos do Ministério Público. Por essa razão, encaminhou representação ao MPE, solicitando o aprofundamento das investigações, cumprindo o que determina a lei 7.347/85, que prevê, em seu artigo 6º, que “qualquer pessoa poderá e o servidor público DEVERÁ provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção”, bem como os ditames do artigo 7º, inciso III, da Lei Complemetar nº 75, que rege a atuação dos operadores do Ministério Público da União.

"O documento apresentado ao órgão ministerial estadual trata-se de mera representação, cujo conteúdo advém de fortes evidências levantadas em inquérito civil conduzido por este parquet em face da Shell do Brasil S/A."

Quanto ao trecho da nota que afirma que “o professor Ângelo Trapé não emitiu parecer na qualidade de assistente técnico do Ministério Público no inquérito civil que trata do Caso Shell porque se afastou dessa função antes da emissão do documento mencionado na reportagem”, o MPT esclarece que este é justamente um dos temas abordados na representação, cuja apuração e implicações legais dela decorrentes ficam a encargo do Ministério Público Estadual.

Químicos fizeram denúncia original

O questionamentos sobre os convênios mantidos entre a Unicamp e a Shell pela Procuradoria do Trabalho teve origem em uma representação protocolada pelo Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e pela Atesq (Associação de Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas).

As duas entidades questionaram a indicação por parte da Shell de médicos da Unicamp para realizarem exames em ex-trabalhadores da unidade localizada no Recanto dos Pássaros. Mauro Bandeira, diretor da Atesq.

Reunidos com a intenção de tentar definir uma estratégia jurídica para obter da Shell a compensação pelos danos causados à saúde pela contaminação no Recanto dos Pássaros, os membros da Atesq são unânimes em afirmar que não aceitarão ser examinados pelos médicos da Unicamp.

“Desde que a contaminação foi descoberta, 52 de nós já morreram”, disse Mauro Bandeira, diretor da Atesq. Entre os ex-funcionários está Antônio Baltazar dos Santos, que trabalhou na fábrica da Shell no Recanto dos Pássaros entre 1977 e 2002 e já obteve vários laudos médicos que comprovam a contaminação de seu sangue por produtos tóxicos, com exceção de laudo emitido pela Unicamp.

Escola de Barão Geraldo faz festa neste sábado

Este sábado, dia 26 de setembro, vai ser de muita festa para a comunidade e as 372 crianças que  frequentam a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Agostinho Páttaro, em Barão Geraldo. A equipe de educadores da unidade está preparando a Festa do Sorvete, que vai acontecer das 9 às 12 horas no pátio da escola.

Atrações diversas estão previstas durante toda a manhã, e às 10 horas, será apresentada a peça teatral “Voar, onde o longe é perto”, do grupo Cinarte. Além da atração cultural, haverá uma feira de artesanato, com peças bordadas, em crochê, tricô, cerâmica. Barracas com comes e bebes, como sorvete, pipoca, pastel e cachorro-quente também farão parte da festa.

“Nosso objetivo com o evento é promover a  integração da família com a escola, incentivando a participação da comunidade no cotidiano escolar”, explicou a diretora da Emei, Regina Valverde.

Segundo a diretora, a renda da festa será usada para promover a Festa da Criança, prevista para outubro. No mês de novembro, a escola ainda planeja a festa de comemoração dos 40 anos da Emei Agostinho Páttaro, inaugurada em 7 de novembro de 1969. “Fazemos questão de celebrar datas como essa que valorizam nossa história e a cultura”, concluiu Regina Valverde.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sacolas de plástico são as vilãs do meio ambiente


A  moda agora é fazer compras ambientalmente corretas com sacolas retornáveis

Os hábitos de consumo alimentar do brasileiro mudaram bastante nos últimos ano. Por praticidade e conveniência hoje se consome muitos alimentos industrializados que usam embalagens plásticas e, pior, nas compras de supermercados, somam-se mais embalagens plásticas para o transporte. A cultura do consumo de sacolas plásticas consolidou-se e os consumidores levam para casa mais sacolas que o necessário para as compras, porque vão usá-las para outros produtos, e o destino final são os lixões, aterros sanitários e a própria natureza.

São justamente por isso as embalagens plásticas as grandes vilãs do meio ambiente na atualidade. Existe uma tentativa de obrigar o uso de sacolas biodegradáveis, mas aparentemente ainda não foi desenvolvida aquela que menos resíduos deixe na natureza. Difícil mesmo é reverter a cultura, mas algumas tentativas estão crescendo na sociedade.

Alguns supermercados estão oferecendo sacolas retornáveis, de pano, lona ou outro material, para os clientes, numa postura de triplo benefício: favorece o meio ambiente e a imagem da empresa, além de gerar economia no consumo de sacolas plásticas. É uma atitude lógica e eficaz, melhor que substituir por outro material descartável. Outros supermercados no entanto, adotam uma postura retrógrada e, além de oferecer mais sacolas que o necessário, ainda exigem que clientes coloquem suas sacolas retornáveis em sacos plásticos para entrar. As justificativas, equivocadas, são: estimular a compra de mais produtos e proteger a segurança. Nem todos que podem ter mais sacolas vão comprar mais e ninguém vai roubar nada com sacolas vazias.

Na década passada, com a inflação galopante, justificava-se as compras mensais e estoques em casa de produtos, porque no dia seguinte estariam mais caras. Foi o frenesi das maquininhas de etiquetas de preços e de compra de freezers para estoque de congelados. Com o fim da inflação e o advento do 'apagão' os freezers foram aposentados. Hoje as compras são semanais e mesmo diárias, e duas sacolas retornáveis comportam os produtos necessários.  


Tecido não tecido

O pequeno e o médio varejo da região saem na frente ao adotar, como alternativa, embalagens retornáveis, transformando uma necessidade ambiental em uma poderosa ferramenta de “marketing”. Padarias, lojas de cosméticos, farmácias, quitandas e supermercados estão vendendo sacolas ecológicas retornáveis de pano ou TNT (Tecido Não Tecido) para os consumidores levarem suas compras. Os preços de sacolas de vários modelos variam de R$ 1,50 a R$ 27.


E não é só o segmento varejista que tem apostado na “onda” ecológica de restrição ao uso das sacolas plásticas convencionais. A Imprimus, empresa do ramo de impressão de Campinas, investiu na confecção de sacolas ecológicas para revender ao varejo da cidade e região. Ampliando esse movimento, a Kapa+ EcoEmbalagens, de São Paulo, tem parceiros que elaboram sacolas com garrafas pet, fio de fibra de bambu e de algodão.O Ponto Org, no rio de Janeiro, produz sacolas grandes com reaproveitamento de juta.


Agora é moda

O Sindicato da Indústria de Panificação de São Paulo, a Associação dos Industriais de Panificação de São Paulo e o Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria (IDPC) lançaram uma campanha para conscientizar a categoria e os clientes. Batizada Sacola Vai & Volta, ela é composta de folhetos explicativos. Para o presidente do Sindipan-Aipan-SP, Antero José Pereira, o objetivo é incentivar a participação das padarias em programas socioambientais para reduzir o uso de sacolas plásticas nos estabelecimentos de São Paulo. A meta da entidade é diminuir o total de 40 milhões de sacolas plásticas que vão para o lixo todos os dias.

Na rede Carrefour, a sacola reutilizável começou a ser vendida a R$ 2,99 desde o dia 7 deste mês nas lojas de São Paulo e do Paraná. Serão distribuídas 62 mil unidades. Até o fim do ano, a meta é investir em um estoque de 600 mil unidades e vendê-las em todo o País. A aceitação por parte dos consumidores foi positiva: a maioria delas já foi vendida. A meta é reduzir em pelo menos 10% o volume de sacolas plásticas utilizadas durante o ano.

Plásticos geram sérios problema ambientais

O descarte de plástico na natureza causa alarmantes problemas ambientais. Estima-se que a cada ano circulem no mundo mais de 500 bilhões de sacos plásticos feitos com materiais que apresentam cadeias moleculares inquebráveis e que duram até 450 anos. No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir da resina de polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que representam 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis e dificultam a compactação dos detritos.

Milhares de baleias, golfinhos, tartarugas e aves marinhas morrem asfixiados por sacos plásticos usados como recipiente de lixo (calcula-se que 90% dos sacos plásticos são descartados na natureza e acabam nos mares).

Atualmente existem sacos plásticos 100% biodegradáveis, que se dissolvem mesmo sem o contato com a água, como plástico biodegradável de origem bacteriana (produzido a partir da cana de açúcar) ou o plástico biodegradável obtido com a adoção de amido ou outros polissacarídeos. No entanto as embalagens produzidas a partir de plástico oxi-biodegradáveis é um material que ainda não comprovou a total eficácia ao meio ambiente em sua decomposição.

Segundo estudos do departamento de Tecnologia de Polímeros da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), conduzidos pela professora Lúcia Mei, testes até então realizados com plásticos oxi-biodegradáveis dão conta de que depois do processo de decomposição o material gera resíduos químicos ao meio ambiente. “Ainda não é possível afirmar cientificamente que os resíduos eliminados no processo de composição em nada afetarão ao meio ambiente”, disse.

No entanto, para a professora, a educação continua sendo a melhor arma para reduzir o impacto das sacolas plásticas no meio ambiente. “Na Europa onde a legislação obriga o uso de plásticos biodegradáveis, a população tem adotado a prática da compostagem do lixo orgânico caseiro. No Brasil isso deveria ser incentivado. Além de retirar boa parte do lixo dos aterros, produz-se o composto que pode ser usado como adubo natural”, disse.

A especialista ressalta ainda como alternativa a realização de uma coleta eficiente de plásticos, mas que leve em consideração o valor agregado do produto, seguido de um processo de reciclagem correto e que poderia, inclusive, ser uma alternativa de geração de emprego e renda.

Ela sugere também que mais estudos científicos sobre o assunto sejam realizados para que o país tenha dados estatísticos sobre a decomposição final dos plásticos oxi-biodegradáveis na natureza, ou seja, sua biodegradação. “Eu recomendo fortemente que o Governo banque tais pesquisas, financiando o credenciamento de laboratórios de pesquisa que possam responder diretamente a ele sobre esse importante tema”, disse.

Honda conquista Taça Responsabilidade Social


Participação das empresas nesta edição do evento foi fundamental para a continuidade dos projetos da ONG, que atende a 400 meninas da periferia de Campinas

Pelo segundo ano consecutivo, a Honda conquistou a Taça Responsabilidade Social, disputada no sábado durante o 7º Festival Primavera de Golfe, realizado no Clube de Golfe de Campinas, em Sumaré. Em segundo e terceiro lugares ficaram as empresas Fort Dodge e Adere, respectivamente. O evento reuniu as principais lideranças do mundo empresarial de Campinas e região em prol da continuidade das atividades da ONG Grupo Primavera.

Com 51 putts, menor número de tacadas em relação às demais equipes para os acertos nos buracos, a equipe da Honda formada por Wakatsuki Akira, Morimoto Chiriro, Helio Shimpei e Murata Nagatoshi fez uma verdadeira festa ao receber a Taça Responsabilidade Social das mãos do diretor da empresa Horacio Natsumeda, membro da equipe vencedora do torneio no ano passado.


Cerca de 300 pessoas estiveram presentes no encontro que reuniu esporte e lazer em prol da ONG. Além do torneio e putting green, atividades como lian gong, recreação infantil, maquiagem, massagem, avaliação postural, sorteios e apresentações das meninas-primavera também descontraíram os participantes do evento.

Neste ano, em função da crise financeira, os recursos serão aplicados na manutenção dos projetos, que atendem a 400 meninas da periferia do município. De acordo com o coordenador da instituição John Sieh, a participação das empresas neste ano foi fundamental para a continuidade dos trabalhos da ONG. “As doações caíram muito este ano em função da crise financeira mundial. Estamos com um déficit de quase R$500 mil. A participação dessas empresas num evento como este mostra que, apesar de afetar a todos, as empresas não deixaram de se preocupar com a responsabilidade social. E isso é o mais importante”, afirma.

Para Edgar Garbade, presidente da ONG e do Instituto Robert Bosch, “a importância de projetos como os desenvolvidos pelo Grupo Primavera é muito grande para que essas meninas se tornem independentes. Conceitos de postura, conhecimento, valores e ética são passados para que possam ter uma conduta social digna e consigam ser inseridas no campo de trabalho”, diz.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Festival Primavera de Golfe 2009 une empresas solidárias da região



Expectativa é de que 140 golfistas disputem a taça Responsabilidade Social, conquistada no ano passado pela Honda; participação das empresas é fundamental para a continuidade dos trabalhos da ONG


Neste momento de crise financeira mundial, os mais afetados são aqueles que dependem de contribuições e da solidariedade de pessoas físicas e jurídicas. É o caso do Grupo Primavera, ONG que atende a meninas da periferia de Campinas/SP há 30 anos. E é a solidariedade que reunirá executivos e empresários em prol da entidade durante a realização do 7º Festival Primavera de Golfe 2009, no próximo dia 19 de setembro na cidade. Esta edição do evento terá como tema central ‘Momento crucial nas mãos solidárias’.


O Grupo Primavera atende a 400 meninas com programas e projetos nas áreas de educação, cultura, bem-estar e profissionalismo. “Nossa entidade sobrevive através de doações de pessoas físicas e jurídicas. Neste evento anual, contamos com a participação mais ativa de empresas solidárias a esta causa, o que é de extrema importância neste momento”, declara John Sieh, diretor da ONG.


A expectativa é de que 35 equipes, com um total de 140 golfistas, disputem a taça Responsabilidade Social, conquistada no ano passado pela Honda. Pelo 7º ano consecutivo, o evento terá, além do torneio de golfe, outras atividades como torneio de putting, clínica de golfe, recreação infantil, lian gong, maquiagem, massagem, avaliação postural, sorteios e apresentação das meninas Primavera para um público total estimado em 280 pessoas.


De acordo com o diretor da Honda, Horácio Tuyoshi Natsumeda, apesar da crise financeira, a empresa optou pela continuidade da parceria com a instituição pelos resultados obtidos com os trabalhos de formação cívica e moral das jovens. “A Honda quer que sua atuação seja reconhecida através de produtos e serviços de qualidade e pelas ações de contribuição à sociedade e ao meio ambiente”, diz. A empresa apóia o Festival Primavera de Golfe desde sua primeira edição.


Para empresas como a Merial Saúde Animal, que também participou do evento em anos anteriores, os tempos de crise sempre geram dúvidas e dificuldades que por vezes impossibilitam as empresas de continuar contribuindo com instituições beneficentes ou educacionais. Mas, ao mesmo tempo, é nas épocas de crise que manter o investimento em educação se torna mais importante. “A empresa está sentindo a crise, mas passa por ela sem grandes impactos. Assim, continuamos contribuindo na medida de nossas possibilidades e esperamos continuar a fazê-lo”, diz Alfredo Ihde, diretor presidente da empresa.


Já para a Eaton, de Valinhos, “a crise financeira tem abalado a todos e é principalmente num momento como esse que não podemos deixar os trabalhos do Grupo Primavera sem suporte. Os projetos precisam ter continuidade”, segundo Patrick Randrianarison, presidente da empresa na América Latina.


“É importante a participação de empresas que contribuam para programas sociais como os realizados pelo Grupo Primavera com muita seriedade, profissionalismo e um sentido humanitário distintivo. É um privilégio para a nossa empresa estar associado a uma instituição como esta, que poderá contar sempre conosco”, diz Francisco Fagundes, sócio da PricewaterhouseCoopers.


Grupo Primavera


O Grupo Primavera, fundado em 1981, vem crescendo a cada ano. Seu potencial e credibilidade já levaram a premiações no Brasil e no mundo. Atualmente, a entidade atende a 400 adolescentes entre 8 a 18 anos com o foco de formar ‘as mulheres do amanhã’. O empreendedorismo inovador é marca já reconhecida na cidade e em toda a região. A entidade é a única a atuar com uma loja diferenciada em um centro de compras – a Oficina Primavera, localizada no Galleria Shopping. Com uma gestão visionária, a entidade mantém uma rede de relacionamentos com outras instituições, empresas, escolas e demais parceiros com o intuito de compartilhar recursos. “É assim que conseguimos manter nosso crescimento num momento de crise”, afirma o diretor da ONG, John Sieh.


Serviço:
7º Festival Primavera de Golfe
Quando: 19 de setembro
Horário: 7h às 16h30
Local: Clube de Golfe de Campinas (www.campinasgolfe.com.br)
Endereço: Rua Manuel Messias da Silva, s/n, Jd. Minessota, Sumaré, SP.
Fones: (019) 3864-1742 / (19) 3922.8038
Informações através do site www.gprimavera.org.br/golfe2009

Excaravelhas comemoram dez anos



O Grupo das Excaravelhas realiza no Instituto de Artes (IA), nesta sexta-feira (18), às 12h30, apresentação de uma coreografia de 20 minutos de dança contemporânea, denominada Repelente. O espetáculo, que integra a programação do Feia 10 (Décimo Festival do Instituto de Artes da Unicamp), comemora uma década do Grupo, formado por Ló Guimarães, Juliana Couto, Milena Machado Figueiredo, Paula Salles e Elenita Queiróz, todas ex-alunas do curso de Dança da Unicamp. A entrada é gratuita.

“Repelente” tem como proposta o incômodo, abordado das formas mais variadas, desde incômodos físicos até incômodos sociais. A pesquisa de linguagem partiu de situações que prendem, atrapalham, bloqueiam e, consequentemente, irritam e afligem. Situações que vão desde zumbidos e picadas de insetos, pessoas que falam demais, cócegas, posições incômodas, até convenções de comportamentos sociais, que não respeitam as diferenças de culturas e hábitos. O caráter introspectivo da coreografia permeado pelo humor gera o conflito das relações apresentadas, convidando o espectador à reflexão.

Ligações telefônicas devem ficar mais baratas em localidades da região



Dentro de pouco mais de 60 dias, a população de 446 localidades de todo o Brasil, entre municípios e distritos, será beneficiada com a extinção das tarifas interurbanas nas ligações para áreas vizinhas. As alterações no regulamento sobre áreas locais para o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) foram aprovadas ontem (17) por unanimidade pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).


Na região de Campinas haverá inclusão de nova situação de Tratamento Local entre as sedes municipais de Paulínia e Cosmópolis (duas localidades); e ampliação da situação de Tratamento Local envolvendo localidades das Áreas Locais de Campinas e Monte Mor, com a inclusão das localidades de Bairro Bananal / Boituva, Bairro Bosque das Palmeiras, Bairro Campo Grande, Bairro Carlos Gomes/Chacaras Gargantilha, Bairro Carlos Gomes/Monte Belo, Bairro Cruzeiro do Sul, Bairro Jardim Marisa I, Bairro Recanto dos Dourados, Bairro Vale das Garças, Bairro Village, Beira Rio, Chacara Recreio Represa, Chacara Vista Alegre- Pouso Alegre, Cruzeiro do Sul, Distrito de Souzas, Glebas Califórnia, Helvetia, Iate Clube de Campinas, Jardim Mirandola, Jardim Paviotti, Joaquim Egidio, Portal dos Nobres, Praia Azul, Recanto Solar, Recreio Primavera, Residencial Olímpia, Santo Antonio do Sapezeiro e Sobrado Velho, todas pertencentes à Área Local de Campinas e a localidade de Chácaras Planalto, pertencente à Área Local de Monte Mor (29 localidades).


As novas regras serão publicadas no Diário Oficial da União. A partir dessa data, começa a ser contado o prazo de dois meses para adequação das operadoras. A Anatel faz uma revisão anual desse regulamento desde 2006.


“Como os municípios vão crescendo naturalmente e as cidades locais vão se aproximando, não há por que se cobrar interurbano de uma localidade para outra”, afirmou a conselheira diretora Emília Ribeiro.


Localidades de diversos estados do país serão beneficiadas. O assinante que utilizar pouco as ligações locais poderá pagar apenas a franquia que já prevê a utilização de 200 minutos/mês. Um dos objetivos das alterações periódicas no regulamento das ligações locais é corrigir distorções como em Bertioga, em São Paulo, que pleiteia a inclusão na rede local da Baixada Santista.


As operadoras têm que arcar com os custos para adequação de redes num primeiro momento, mas também podem ser futuramente compensadas por um eventual aumento no número de ligações e no tempo das chamadas.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Farra com dinheiro público sustenta 380 comissionados na Câmara


A Câmara Municipal de Campinas possui 33 vereadores, um orçamento anual de R$ 72 milhões e apenas 68 servidores efetivos. O número de funcionários comissionados (sem concurso público) é de 380, 363 destes nos gabinetes de vereadores com um salário médio de R$ 3,24 mil mensais.

O gasto total do Legislativo campineiro com a folha de pagamento dos servidores comissionados contratados pelos gabinetes dos vereadores é de R$ 1,17 milhão por mês.

Por determinação de legislação municipal, cada um dos 33 vereadores pode gastar até R$ 35.992,77 para a contratação de assessores em seus gabinetes. Todos gastam mais de R$ 33 mil. A maioria usa o teto.

Esse dinheiro pode ser usado para a contratação de uma cota entre sete e 15 assessores, com salários que variam entre R$ 1.079 (referência CC1) e R$ 5.398 (referência CC13, chefe de gabinete).

O Legislativo campineiro não exige a comprovação de curso superior completo para o preenchimento de nenhum desses cargos. Existem ainda 15 servidores comissionados, nomeados pela mesa diretora da Câmara de Campinas, que recebem salários superiores aos pagos aos vereadores, que hoje é de R$ 6.318. Esses funcionários tem direito a vencimentos que vão de R$ 7.115,48 a R$ 11.794,56.

O número de funcionários comissionados na Câmara de Campinas é maior que em todo o País da Inglaterra, que possui em torno de cem cargos em comissão. Mas isso não é privilégio de Campinas. O Governo Federal tem 23 mil cargos comissionados na administração.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Webrádio da Unicamp já funciona em caráter experimental



A Webrádio da Unicamp está no ar durante um mês em caráter experimental a partir desta terça-feira (8). A Grade de Programação Diária está disponível na página da Rádio e Televisão Unicamp . A proposta é estabelecer um espaço noticioso, que funcione como canal de comunicação entre a Universidade e a sociedade, segundo o diretor da RTV, o professor Eduardo Paiva.

Neste primeiro momento, além de adequar alguns programas da TV Unicamp à linguagem radiofônica, a RTV exibe entrevistas com artistas e pesquisadores da Unicamp. O projeto Arte no Campus, lançado recentemente, também deverá compor a programação, de acordo com Paiva. Entre as possibilidades em estudo está a veiculação do clipping de notícias da Unicamp, assim como a transmissão de notícias urgentes.

“A web é uma ferramenta democrática, um espaço de comunicação amplo e precisamos usar isso em nosso favor”, declarou Paiva. Ele afirmou que a RTV investe em melhorias para a implantação definitiva da webrádio. “Por enquanto estamos testando a capacidade do servidor e dos equipamentos, pois a experiência é realizada com material antigo”, lembra.
Fonte: Portal da Unicamp

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pum do boi é responsável pelo efeito estufa



A flatulência (puns) dos ruminantes herbívoros, como os bovinos, é o 3º fator para o agravamento do aquecimento global, com 16% das emissões de gases-estufa, só perdendo para a queima de combustíveis fósseis e de florestas - ambos responsáveis pela emissão de dióxido de carbono no ar. Os humanos, ao consumir a carne bovina em larga escala, acabam contribuindo com a criação de gado e, portanto, com seus gases.

Os ruminantes herbívoros produzem grande quantidade de metano, o CH4, 23 vezes mais potente que o gás carbônico (CO2) como combustível do aquecimento global e um dos principais causadores do efeito estufa. O Brasil possui o segundo rebanho bovino do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças, quantidade equivalente à sua população e suficiente para inundar o mercado internacional de carne e leite, se sua produtividade não fosse baixa.

O gado contribui com 29% do volume de metano emitido no território brasileiro, seja pela fermentação no processo digestivo ou pelos dejetos. Esse gás também é produzido por combustíveis fósseis, pela agricultura, por resíduos e processos naturais dos pântanos, por exemplo. Além dos animais ruminantes, o cultivo de arroz em zonas alagadas é outra fonte, concentrada na Ásia em 90%.

As emissões de gases pelo gado no mundo todo somam cerca de 94 teragramas (Tg=milhões de toneladas) por ano, e o Brasil contribui com 9,97% do total. No entanto, essa participação poderia diminuir, já que o país não necessita de tanto gado para manter sua produção anual de alimentos. No caso do leite bastaria um quinto do número existente de vacas, se o Brasil alcançasse a produtividade da Austrália e da Nova Zelândia. Com vacas como as dos Estados Unidos, que produzem sete toneladas anuais de leite, seria possível reduzir o rebanho leiteiro brasileiro a um décimo do seu número atual.

Porém, o gado não gera apenas o gás que contribui para esquentar a Terra. No Brasil, também está associado ao maior problema ambiental nacional, os incêndios florestais e a forte concentração da propriedade rural, fonte de graves conflitos sociais. Em muitos casos, especialmente na fronteira agrícola, queima-se as florestas para dar lugar a pastagens e nela instala-se e abandona-se milhões de reses, apenas para assegurar a posse de grandes extensões de terra, como um sinal de ocupação. A produção de carne e leite não é o objetivo principal.

Os puns humanos também são fonte de poluição. Isso porque também contêm o gás metano, mas no caso do ser humano a quantidade de metano (e de gás carbônico) é tão pequena que não podemos ser considerados poluentes pelas flatulências.

Uma pessoa emite cerca de 700 mililitros de gases por dia. Desse total, 360 mililitros são de hidrogênio, 68 de dióxido de carbono e apenas 26 são de metano. Não se pode dizer o mesmo das flatulências das vacas, carneiros, cabras, veados e girafas. Esses animais são os grandes emissores de metano na atmosfera. Diferentemente de nós, o pum de um desses ruminantes é uma verdadeira bomba gasosa para o planeta. Isso porque esses animais contam com um número muito maior de bactérias para ajudá-los na digestão da glicose das folhas que comem.

Dessa forma, a quantidade de metano produzida é alta no sistema digestivo de um ruminante (uma vaca, por exemplo, é capaz de emitir 250 mililitros de metano no ar por pum). Esse metano ajuda a criar na troposfera uma densa camada de gases que impede que parte do calor que incide sobre o nosso planeta seja liberada de volta para o espaço. Com isso, as temperaturas na Terra aumentam consideravelmente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sommelier é referência obrigatória para consumo de vinho

Profissionais experientes podem indicar os melhores sabores e combinações


A mudança gradativa de hábitos etílicos dos brasileiros está elegendo o vinho como o substituto natural da cerveja, ainda líder na preferência nacional. Os preços mais acessíveis de vinhos de boa qualidade e a oferta abundante de grande variedade, principalmente dos países andinos, aliados ao rigor incomum do inverno no Brasil, estão levando cada vez mais consumidores a aderirem ao prazer da degustação dos derivados da uva.

Às vésperas de comemorar sete anos da criação da entidade regional de Campinas da Associação Brasileira de Sommeliers, o diretor executivo da ABS- Campinas, Bruno Vianna, tem muito a comemorar. “O Brasil tem um potencial muito grande de produção e consumo de vinho, e tem crescido muito a procura pela orientação profissional”, destaca.

A entidade ajuda a ampliar o interesse pela enologia com o que faz de melhor: cursos de formação de sommeliers, uma especialidade com demanda crescente de bons profissionais no mercado, seja em lojas especializadas ou em bons restaurantes com requintadas cartas de vinhos. E cresce também o interesse dos restaurantes no credenciamento do circuito dos sommeliers.

Segundo Vianna, um dos maiores problemas para popularização do vinho no Brasil é a alta incidência de impostos. “ Na Itália o vinho é classificado como alimento e até os vinhos do Mercosul possuem carga menor que o produto nacional”, afirma. O brasileiro ainda está aprendendo a produzir vinho, descobrindo como fazer e as melhores regiões para produzir uvas viníferas. “É um processo natural, a França demorou séculos para descobrir como fazer a Champanhe”, compara.

Um bom vinho é resultado de vários fatores, tais como a espécie de uva mais apropriada e seu cultivo em regiões de clima favorável, com frio e calor alternados de noite e de dia, que dão aos frutos o frescor e acidez necessários para uma boa produção. “A Serra Gaúcha, na latitute 29º, está bem próxima da latitude ideal, acima de 30º. Já na produção do Vale São Francisco a seca faz o trabalho do frio no sul”, explica Vianna.

Os frutos destinados à produção de vinho são bem diferentes da uva de mesa, embora na produção de vinhos caseiros da região de Campinas e Circuito das Frutas as use em sua maioria. Já existem experiências com outras espécies, como a Shiraz, para tentar melhora a produção artesanal. A uva destinada à produção de vinhos é menor e tem maior concentração de tanino e frutose.
A especialidade da associação de sommeliers é formar profissionais para divulgação da cultura do vinho. É um mercado em franco crescimento, com demandas em restaurantes e lojas de vinhos, principalmente. Mas existem aqueles que procuram se informar simplesmente para ter maior prazer na degustação. O curso de sommelier tem 16 meses de duração e é reconhecido internacionalmente. Existe também o curso básico para enófilos.

A entidade credencia os “Restaurantes Amigos da ABS”, segundo vários critérios que vão desde a disponibilidade de uma boa arta de vinhos, a qualidade da culinária e os vinhos que combinam com o menu, até o ambiente, adega e taças adequadas, entre outros. Mais informações podem ser encontradas no site da entidade: www.abs-campinas.com.br, e 'salute'.

Os cinco sentidos
Segundo Vianna, não há alcoolismo de vinho, e os apreciadores dizem que o vinho é a única bebida que desperta os cinco sentidos humanos: primeiro a visão, depois o olfato, seguido do tato e do paladar. E finalmente a audição: “tim tim”.

Glossário:
Sommelier - Profissional especialista em identificar os melhores vinhos e combinações gastronômicas;
Enólogo - Estudioso de uvas e produção de vinhos;
Enófilo - Apreciador de vinhos

Vem aí a banda larga na rede elétrica


Em breve os computadores poderão acessar a internet por meio da rede elétrica, com uma conexão de banda larga mais rápida e segura que os atuais acessos por linhas de telefone, cabo ou ondas eletromagnéticas (rádio e satélite).

É o que promete e nova tecnologia BPL - Broadband over Power Lines, ou PLC - Power Line Communications, que nada mais é que a injeção de sinais de alta frequência na fiação elétrica, usando a estrutura já existente.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já aprovou o Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofreqüências por Sistemas de Banda Larga por meio de Redes de Energia Elétrica (BPL) no País. A Resolução 527, que libera a adoção da nova tecnologia de internet, cuja prestação é feita pela rede elétrica, define critérios técnicos para o oferecimento do serviço através de comunicação de dados utilizando radiofreqüência na faixa entre 1.705 kHz e 50MHz.

O sistema BPL será oferecido através da instalação de um modem feito com chips de silício, desenvolvido por empresas de equipamentos tecnológicos. Por cabos ligados à tomada com o formato de um plug, o aparelho irá conectar a rede elétrica ao computador, meio pelo qual será disponibilizado o acesso à web com velocidade de cerca de 200 megabits por segundo e por onde o BPL irá receber os dados informáticos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve decidir em breve sobre o uso da rede de energia elétrica para a transmissão de internet em banda larga, superando o último entrave burocrático legal para início de funcionamento do sistema. Segundo especialistas, o serviço de banda larga pela rede elétrica (PLC) proporcionará conexão comparável com a dos serviços de banda larga em outras tecnologias, onde se oferece velocidade a partir de 300 kbps.

De acordo com áreas técnicas da Aneel, a transmissão em banda larga pelo sistema de energia elétrica não provocará interferência entre os dois serviços, uma vez que cada um trabalha com uma frequência própria.
Um diferencial do sistema é a capilaridade do acesso à energia elétrica no país, em mais de 90% das residências. Quem tem energia elétrica em casa poderá ter acesso à internet. Não precisa linha telefônica, cabo ou receptor de rádio.

Os equipamentos que vão ser utilizados no sistema BPL deverão ter certificação de uso específica reconhecida pela Anatel. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá dispor sobre a prestação do serviço elétrico. As empresas interessadas em prestar serviços de internet em sistema de BPL devem apresentar à Anatel, no mínimo 30 dias antes do início de suas operações, informações referentes à criação e à manutenção de uma base de dados pública.

Embora tenha ouvido se falar muito desta tecnologia em meados do ano 2000, no Brasil parece que ela não passou dos testes. Em 2001 houve com a Copel (Companhia Paranaense de Eletricidade) e, logo depois, a Cemig (Companhia Energética de Migas Gerais) e a Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo) também anunciaram testes em tal ano. Porém, depois disto, a única notícia que tivemos sobre o PLC no Brasil foi em 21/12/2006, quando foi publicada a notícia da inauguração de uma pequena rede em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Uma das grandes desvantagens desse tipo de tecnologia é principalmente que o sinal acaba se corrompendo em distâncias muito longas, de acordo com os seguintes problemas: manter a alta velocidade com longas distâncias, pelo encapamento plástico "roubar" os sinais de alta frequência; os fios de cobre com tal frequência podem interferir em alguns equipamentos eletro-eletrônicos, por fazer com que os dados gerem ruído no espectro eletromagnético, além de haver possibilidade de corromper os dados pela captura do sinal de rádios e outros; da mesma forma, alguns aparelhos podem interferir na transmissão; emendas, "T"s, filtros de linha, transformadores, e o ligamento e desligamento de eletrônicos na rede elétrica causam ecos do sinal, por criar pontos de reflexão, com isso podendo haver corrupção dos dados; e a necessidade de instalação de "repetidores" em cada transformador externo, pois filtram sinais de alta frequência.

Os pontos favoráveis são a alta taxa de transmissão podendo chegar a até 40Mbps nas freqüências de 1,7MHz a 30MHz e a segurança, pois ao contrário da rede Wi-Fi, onde um usuário pode tentar se aproveitar do sinal do próximo, no PLC quem compartilha do mesmo “relógio”, não tem como compartilhar a conexão de rede, devido à criptografia com algoritmo DES de 56 bits.

Muitas empresas do setor de elétrica estão continuando seus testes, além de que tecnologias européias podem ser importadas, isso se nenhuma universidade brasileira desenvolver algo antes. O BPL se mostra como mais uma alternativa de inclusão à Internet, num país onde 95% da população possui energia elétrica. Além disso, como a infra-estrutura é de menor custo, esse sistema mostra-se como uma alternativa mais econômica para os usuários.